Reitor acredita que irá fechar dossiê do PREVPAP até ao final do ano

O reitor da Universidade do Minho acredita que terá o dossiê do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP) fechado até ao final do presente ano. O anúncio foi feito à margem da iniciativa “Reitor conversa com” os investigadores que teve lugar no campus de Gualtar esta terça-feira. No total serão 120 os precários que vão integrar na UMinho. Dos quais 12 são investigadores. Recorde-se que no total a integração destas pessoas representa um encargo financeiro adicional de 1,7ME. Sendo que apenas os 12 investigadores traduzem um encargo de 600 mil euros.
À RUM Rui Vieira de Castro garantiu que “as condições estão praticamente todas reunidas”. Resta apenas apurar pequenas questões de natureza jurídica relativamente aos contratos que serão celebrados, uma vez que muitos dos recursos humanos em causa têm, por exemplo, um histórico de ligação com a academia que por vezes não é fácil de captar. O responsável máximo da instituição de ensino superior assegura que pretendem encontrar as melhores soluções para todos.
O reitor sublinhou que estas pessoas “vão ser integradas” no seio da UMinho. “Eu espero que na próxima semana a direcção de recursos humanos comece a contactar as pessoas que estão abrangidas pelo PREVPAP com o intuito de negociar os contratos”, assegura.
Rui Vieira de Castro diz estar, também, “activamente expectante” no que diz respeito à candidatura institucional, datada de 2018, à Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Em cima da mesa estão mais 35 lugares, 29 para investigadores e 6 para docente.
Quadro financeiro da UMinho é de “subfinanciamento”.
Actualmente a Universidade do Minho continua à espera dos reembolsos das entidades financiadoras como a FCT. Recorde-se que em falta estão aproximadamente 11 milhões de euros. Quando questionado pela RUM sobre o quadro financeiro actual da academia, Rui Vieira de Castro, explicou que o panorama é de “alguma estabilidade num cenário de fundo de subfinanciamento”.
O reitor não esconde que os tempos são desafiantes, porém é premente “reconhecer as limitações e encontrar alternativas para gerar financiamento”. Rui Vieira de Castro tem a convicção de que os investigadores são “o futuro da academia”, uma vez que atribuem uma maior relevância à universidade além fronteiras.
Dar nota que a UMinho tem neste momento 635 projectos de investigação em curso. Pela primeira vez o financiamento que o estabelecimento de ensino superior está a gerar com projectos de I&D é semelhante ao do orçamento atribuído pelo estado.
UMinho vai avançar em 2020 com plataforma para melhor execução financeira.
O anúncio partiu do pró-reitor para a investigação e projectos. Filipe Vaz explicou que a ideia passa por desenvolver uma “ferramenta” que irá disponibilizar o historial completo, por exemplo, de encomendas aos investigadores responsáveis por projectos.
