Reitor da UMinho diz que falta de camas pode afastar alunos da instituição

O reitor da Universidade do Minho (UM) alerta que a falta de alojamento estudantil pode afastar alunos da instituição de ensino superior minhota. A preocupação de Rui Vieira de Castro é manifestada após o primeiro dia de inscrições de matrículas da Universidade do Minho no ano lectivo 2019/2020 e que trouxe à tona a ausência de camas para estudantes.

“Sei que foi tomada uma medida de reforçar o apoio significativo aos estudantes para o alojamento (apoio que aumentou este ano de 130 para 174 euros) mas sabemos que os preços da oferta privada, em Braga e Guimarães, dispararam de uma forma absurda. Isto cria enormes dificuldades aos estudantes e pode pôr em causa as condições de frequência da Universidade do Minho”, alerta.

Rui Vieira de Castro admite mesmo que a instituição da qual é reitor não tem capacidade de resposta actual para os 900 novos estudantes bolseiros inscritos, referindo que a UM “tem praticamente 240 camas disponíveis nas residências quando há 200 estudantes em lista de espera [para essas camas] desde o ano passado”.


Governo diz que há condições para converter edifício do Exército, em Santa Tecla (Braga) e a Escola Santa Luzia (Guimarães) em residências universitárias. 

A situação, que classifica “crítica”, poderia ser minimizada pela requalificação anunciada pelo Governo de quatro edifícios em Braga e Guimarães. Destes quatro edifícios, Rui Vieira de Castro revela que “só há muito pouco tempo” soube haver condições para a conversão “do edifício do Exército (Santa Tecla, Braga) e da Escola Santa Luzia (em Guimarães) em residências universitárias”. Assim, lamenta, “o processo é longo e a demora não se compadece com as necessidades imediatas dos estudantes”.

“Cabe à AAUM lutar para que problemas desta ordem sejam resolvidos”

A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) lançou ontem um movimento chamado “Uma Pedra Por Mim”, cujo objectivo passa por alertar para assinatura de uma petição online. A petição exige ao Governo a criação de várias medidas que coloquem termo à falta de camas para estudante e Rui Vieira de Castro considera legítimas as preocupações da AAUM. “Entendo muito bem as preocupações expressas pela AAUM”, refere, salvaguardando que cabe à própria associação “lutar para que problemas desta ordem sejam resolvidos”.

Rui Vieira de Castro salienta que a UM “tem vindo a desencadear várias iniciativas, procurando complementar as 1400 camas com alguns protocolos celebrados com outras instituições”. Medidas, completa, “importantes mas insuficientes”. “Falta-nos que as grandes decisões se traduzam em acréscimos significativos, na ordem das centenas de camas que possam ser colocadas à disposição dos estudantes”, remata.

* Com Liliana Oliveira

Pedro Magalhães
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