Relatório Contas 2018 aprovado com voto contra da oposição

O Partido Socialista, a CDU e o Bloco de Esquerda votaram, ontem, contra a aprovação do Relatório de Gestão e Contas de 2018 da Câmara Municipal de Braga. Apesar das forças políticas terem demonstrado o seu desagrado quanto a este documento, o mesmo foi aprovado com 46 votos a favor, 18 contra e 3 abstenções.
Foi através do deputado Pedro Sousa que o PS criticou o “mau ano político” do executivo bracarense e também a “pouca redução” de dívida apresentada. “Votamos naturalmente contra, nunca um mau ano político pode resultar um bom relatório de contas. Sobraram promessas, grandes parangonas, mas espremido deu muito pouco para o Concelho. Um relatório de contas que apresenta baixos índices de execução, um abaixamento e um corte no investimento nas freguesias face aquilo que foi previsto. Este executivo tem por tantas vezes dito que tem feito muito para colocar as contas do município em ordem e apresenta uma redução de dívida de 400 mil euros o que é manifestamente pouco e residual”, vincou.
A CDU votou contra e foi também crítica a este relatório. Bárbara Barros entende que o relatório “não reflete” uma boa taxa de execução e alerta que há 10 milhões de euros que “ficaram por executar” para 2018. Ainda que os resultados em quase todos os parâmetros acabem por ser mais altos do que em 2017, a representante da CDU referiu que “a verdade” é que a execução em 2017 foi “muito curta e ficou aquém” dos objectivos.
Alexandra Vieira, do Bloco de Esquerda, reforça a ideia de uma “fraca taxa de execução”, referindo que há um “conjunto alargado” de financiamento que “não reverteu” em investimento em Braga. A bloquista realçou ainda as áreas da educação e do ambiente “onde são necessárias alterações” como no caso da Escola Frei Caetano Brandão e também a ETAR de Frossos que há anos que precisa de ser substituída.
João Granja, deputado do PSD, faz um “balanço positivo”de 2018. “O balanço é extremamente positivo, há um aumento do investimento, naturalmente por recurso aos fundos comunitários, mas como a estrutura do orçamento está sujeita a encargos financeiros herdados, a margem de investimento não é grande. Fazer, no entanto, uma duplicação de um ano para o outro é muito significativo e congratulamo-nos com isso. Em qualquer dos casos, este balanço está, para além de obras em todas as frentes, marcado pela reabilitação do Altice Forum Braga que já está a dar provas que é um bom investimento”, concluiu.
Áudio:
Pedro Sousa, deputado do PS, Bárbara Barros, deputado da CDU, Alexandra Vieira, do Bloco de Esquerda e João Granja, deputado do PSD.
