Renovação de 32 autocarros dos TUB custa 10 milhões de euros
Os Transportes Urbanos de Braga (TUB) vão renovar um terço da sua frota de autocarros. Na reunião de executivo municipal desta segunda-feira, que decorreu nos Paços do Concelho, foi também anunciado que o valor cofinanciado pelo Programa da Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (P.O.S.E.U.R.) é de 3,6 milhões de euros, num investimento total de 10 milhões de euros.
Dos 32 autocarros que vão ser substituídos, sete serão eléctricos e 25 movidos a gás. O procedimento para financiamento bancário, que vai levar à abertura de um concurso público, foi aprovado com o voto contra do PS.
O vereador socialista Artur Feio considera que é “absolutamente desequilibrada a proporção entre o número de autocarros a gás e os eléctricos”. “Aqui funcionou a força dos números. Um milhão de euros foi o valor que separou esta decisão de uma mais amiga do ambiente e mais sustentável”, acrescenta.
Teotónio dos Santos, administrador dos TUB, começa por explicar que o “apoio do P.O.S.E.U.R. é só para dois tipos de viaturas” e que depois o acto de gestão do número de autocarros de cada género foi feito com “base nos estudos realizados internamente”.
Além disso, considera benéfico para a empresa municipal não ficar “dependente de uma só tecnologia” e destaca que “os autocarros eléctricos continuam a ser bem mais caros do que os autocarros a gás natural”, fazendo referência ao valor de 425 mil euros e 230 mil euros por unidade, respectivamente. Com a chegada de mais sete autocarros eléctricos, os TUB vão ficar com 13 viaturas deste tipo. “Se compararmos com outras cidades, como Lisboa e Porto, temos, a nível percentual, mais autocarros eléctricos”, refere.
Outra das questões levantadas pela oposição foi o facto de não ser possível reforçar a frota. Carlos Almeida, vereador da CDU, diz que Braga continua “a ter um problema de número de viaturas disponíveis para o serviço”. “Cada viatura mais amiga do ambiente, seja eléctrica ou movida a gás, obriga a que seja abatida uma outra viatura dos TUB”, complementa. Teotónio dos Santos concorda com o reparo feito por Carlos Almeida e afirma que se trata de uma “lacuna que já foi apontada” às entidades responsáveis.
