Residência artística no Agrupamento Sá de Miranda estreita laços com a arte

De 6 a 10 de Janeiro o agrupamento de Escolas Sá de Miranda vai participar no seu primeiro projecto de residência artística na área da dança. Esta é uma iniciativa que será realizada em parceria como o Município de Braga e que conta com a direcção artística da “Dança em Diálogos”.
Nesta residência artística vão integrar uma turma de artes do 10º ano da Escola Sá de Miranda e uma turma do 8º ano da Escola de Palmeira. De frisar que o agrupamento integra o Plano Nacional das Artes. Uma iniciativa transversal a várias áreas como educação e cultura. Deste modo, a directora do Agrupamento de Escolas Sá de Miranda realça o facto de estarem integrados num lote de “160 escolas que abraçaram este projecto piloto”.
Susana Leite, coordenadora do projecto, adianta as três metas deste plano. Em primeiro lugar “realizar saídas para o exterior como visitas a museus, concertos e teatros”. Também levar à escola “artistas e escritores de modo a fomentar um maior contacto com a cultura”. Por último, a concretização da residência artística.
Fernando Duarte , da “Dança em Diálogos”, frisou que esta residência artística “não é uma aula de dança”. É algo muito mais complexo, onde se pretende trabalhar o “conhecimento do corpo”.
“Fazer questionar e criar algo que antes de ser belo ou feio, mau ou bom, tem de ser interessante. Algo que sirva como bagagem para o futuro”, realça o artista.
Serão quatro dias de treinos em conjunto com a “Dança em Diálogos” para, no dia 10 de Janeiro, apresentar o resultado deste trabalho à comunidade educativa, no teatro da Escola Sá de Miranda. Recorde-se que a “Dança em Diálogos” vai apresentar, em estreia absoluta, no Theatro Circo um bailado inspirado no romance de Eça de Queiroz, “O primo Basílio”.
Fernando Duarte avança que este será um espectáculo totalmente português. Sendo que no ensaio geral os alunos vão ter a oportunidade de conversar com os artistas e criadores do bailado.
Para a vereadora da cultura e educação na Câmara Municipal de Braga esta é uma excelente oportunidade dos estudantes bracarenses se interessarem pela arte e, sobretudo, pelos espaços culturais que a cidade tem a oferecer. Lídia Dias caracteriza este projecto como um “estreitar de mundos” de modo a que os jovens não estejam tão afastados dos equipamentos culturais.
