Ricardo Rio admite que não se cumpriram “algumas etapas”

Ricardo Rio admitiu, ontem à noite à RUM, que o Conselho Consultivo para a Regeneração Urbana podia ter sido ouvido antes da decisão de votação da venda da Fábrica Confiança, mas que o resultado “em pouco ou nada” iria interferir na tomada de posição do executivo.  Depois de ver aprovada a alienação do imóvel com 44 votos a favor e 29 votos contra, o autarca falou com Universitária e reconheceu que o processo podia ter sido gerido de outra forma, ainda que outros caminhos não viessem a mudar o destino final daquele imóvel.


“Discutimos e anunciamos este assunto vezes sem conta. Não acho que seja em sede de conselho consultivo para a regeneração urbana que se pode encontrar uma solução para garantir um projecto sustentável do ponto de vista económico para uma intervenção na Fábrica Confiança”, começou por justificar. Além disso, Ricardo Rio lembrou que “ninguém tomou iniciativa de propôr qualquer modelo que fosse sustentável para garantir a reabilitação e um uso futuro e sustentável em termos económicos para a fábrica Confiança”.


O autarca reconheceu que a condução do processo podia ter sido conduzido de forma diferente. “O processo seguiu a tramitação que seguiu, poderia aqui e além ter tido algumas opções diferentes como convocar o conselho para a regeração urbana ou perguntar antes da decisão ao presidente da Junta de Freguesia se estava bem ou mal com essa alienação. Eram opções que podiam ter sido tomadas, mas que, muito sinceramente, me parece que não iam mudar o destino final. Nesse aspecto, poderemos pagar esse preço de não termos cumprido essas etapas, mas o resultado final, na verdade seria o mesmo”, resumiu.


O presidente do município de Braga disse considerar “abusivo o discurso de que as vozes críticas representam uma maioria na sociedade bracarense”, dizendo mesmo que ouviu várias opiniões pessoais “a apoiar a decisão” da maioria. 

Rio repetiu que a coligação Juntos por Braga tinha no programa eleitoral a possibilidade de alienar a Confiança e que esta é “uma opção para gerir recursos e prioridades”, uma vez que a CMB “não nada em dinheiro” e “não há financiamento para intervenções em projectos desta natureza”, lamentou. O presidente da autarquia defendeu também que o edifício “não podia ficar inactivo durante mais meia dúzia de anos”.

Com a alienação, os objectivos da Câmara serão cumpridos, garantindo a regeneração da Confiança e daquela zona da cidade, prometeu Ricardo Rio.

Áudio:

Presidente do município de Braga à RUM no final da Assembleia Municipal

Elsa Moura
Elsa Moura

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