Ricardo Rio anuncia alterações no executivo municipal

O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, anunciou à margem do jantar de celebração dos seis anos da coligação “Juntos por Braga”, no Altice FORUM Braga, as alterações no executivo municipal.
A primeira, já esperada, está relacionada com a saída de Firmino Marques, antigo vice-presidente do município que vai agora desempenhar funções de deputado do PSD Braga na Assembleia da República. Tal como a RUM já tinha anunciado o lugar de vice-presidente será ocupado por Sameiro Araújo, vereadora do Desporto, Juventude, Saúde e Bem-Estar, Associativismo e Cidadania e Participação. No entanto, Firmino Marques irá continuar “por aí”, uma vez que se mantém como presidente da Associação de Festas S. João.
Porém mais alterações foram feitas pelo edil. As principais mudanças estão relacionadas com os pelouros da Protecção Civil, Bombeiros e defesa dos animais que irá ficar sobre a alçada do vereador do turismo e ambiente, Altino Bessa.
No que toca à componente social, inovação e coesão, estes serão domínios da responsabilidade do próprio autarca que irá agora delegar o pelouro dos recursos humanos à nova vereadora, Olga Pereira, antiga chefe de gabinete do presidente.
Olga Pereira será também responsável pelas áreas da administração municipal, gestão e conservação de equipamentos municipais, como o Mercado Municipal ou o cemitério, pelouro da habitação e polícia municipal.
Alterações ainda nos pelouros geridos pelo vereador João Rodrigues que a partir de agora conta com a componente das obras municipais. Já as vereadoras Sameiro Araújo, nova vice-presidente da Câmara Municipal Braga, e Lídia Dias vão manter as suas responsabilidades.
Estádio Municipal de Braga e trânsito são os maiores desafios do executivo bracarense.
Aos jornalistas o autarca bracarense afirmou estar “orgulhoso” dos últimos seis anos e agradeceu a confiança dos cidadãos. Ricardo Rio garante que Braga é hoje uma cidade “pujante” , contudo continuam a existir desafios.
No que toca ao trânsito e mobilidade, o edil frisou a necessidade de “reconfigurar o que já existe”, uma vez que não é possível “abrir novas avenidas ou abrir novas vias”. O futuro irá passar por uma maior e melhor organização da cidade dos arcebispos.
Quanto às “dores de cabeça municipais”, essas já são bem conhecidas dos bracarenses. Ricardo Rio volta a trazer para as primeiras páginas a saga do Estádio Municipal de Braga. “Todos os anos gastamos 15 milhões de euros do orçamento municipal. É uma factura muito pesada para esta e outras gerações futuras assim como para o executivo”, afirma.
De fora não ficaram as Parcerias Público Privadas. Uma situação que o autarca caracteriza como “ainda mais grave e chocante”, sendo que representa um gasto anual de aproximadamente mais 4 milhões de euros do que seria necessário por “uma mera decisão e bloqueio político do Ministério das Finanças”.
Ricardo Rio recorda que caso a internalização da SGEB (Sociedade Gestora de Equipamentos de Braga) tivesse sido viabilizada, desde 2016, o município estaria a poupar entre 3 a 4 milhões de euros. “É muito dinheiro para um capricho do Ministério das Finanças”, refuta o autarca.
