Ricardo Rio demarca-se de declarações de Xoan Mao

O presidente do Eixo Atlântico, Ricardo Rio, garantiu que a organização “demarca-se absolutamente” da opinião do secretário-geral da instituição que acusou Emídio Gomes de ter sido o “pior presidente” da Comissão De Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

O também presidente da Câmara de Braga salientou que o secretário-geral daquela organização transfronteiriça, Xoan Mao, “não pode emitir” opiniões que “não sejam consensualizadas” com os demais membros, como sucedeu com as críticas a Emídio Gomes esta quarta feira.

O autarca bracarense explicou, em declarações à RUM, que considera que Xoan Mao falou enquanto cidadão e não como Secretário Geral do Eixo Atlântico. “Trata-se de um conjunto de comentários de Xoan Mao porque apenas a esse titulo é que este tipo de declarações poderia ser produzido. Não vinculam a posição da instituição nem do presidente do Eixo e de outros membros da comissão executiva”, garantiu.

Ricardo Rio diz “não subscrever os comentários pessoais dirigidos ao ainda presidente da CCDR-N”,  nem a questões de natureza interna, “sobre as quais o Eixo Atlântico nem se deveria pronunciar”, atirou.

O presidente do Eixo Atlântico diz subscrever, no entanto, a necessidade de reflexão acerca do quadro instituicional de relações transfronteiriças na região.

Questionado acerca da possibilidade de Xoan Mao deixar o cargo de Secretário-Geral, Ricardo Rio referiu que é necessário separar os papéis pessoais e profissionais. “Acima de tudo tem que haver uma clara distinção acerca daquilo que são opiniões formuladas no exercício de um cargo, e aquelas que são emitidas a título pessoal. Já lá vão os tempos em que podíamos coartar a opinião das pessoas”, referiu o autarca.

Ricardo Rio garantiu ainda que os homólogos de outros municípios concordam com a sua posição. “Há um total alinhamento de todos os que me contactaram. Já dei o meu parecer ao próprio Emídio Gomes, o visado das declarações”, revelou.

Recorde-se que, em entrevista à Lusa, Xoan Mao aconselhou mesmo o próximo presidente da CCDR – N a mandar fazer “uma auditoria de todo o género e especialmente na parte ligada aos fundos” e que averigue a veracidade da “informação que circula” sobre “irregularidades” na sua atribuição.