Rio diz que Área Metropolitana do Minho merece reflexão

Ricardo Rio não põe de parte a criação de uma nova organização de cariz metropolitano no Minho, mas considera ser necessária “alguma relflexão”.

Vários autarcas a Norte se têm pronunciado sobre a possibilidade da criação de um organismo único para os distritos de Braga e Viana do Castelo. O presidente bracarense, contactado pela RUM, diz que este “é um assunto que não pode ser visto de forma isolada”.

“No quadro dessa análise, avaliar se efectivamente há necessidade e se é a melhor opção de se estruturar uma nova organização de cariz metropolitano neste contexto territorial. O que me parece inquestionável é que tem que existir uma crescente articulação das próprias políticas e das dimensões de planeamento dos municípios abrangidos por este território”, apontou Rio.

O autarca bracarense realça a “relação de interdependência cada vez mais forte entre os vários concelhos da região” e considera que “esse contexto poderá dar origem a necessidade de haver alguma articulação do ponto de vista da gestão mais integrada de diversas dinâmicas nestes territórios”.

No entanto, defende, o processo “deverá ser articulado com aquilo que é o estudo sobre a reorganização administrativa global do Estado, que está a ser desenvolvida, no que diz respeito à possibilidade de criação de regiões administrativas no que tem a haver com a descentralização de competências para diversas estruturas municipais e intermunicipais”.

Para Ricardo Rio este processo deve ser analisado a duas dimensões. “Do ponto de vista pessoal, entendo que seria benéfica essa estrutura e que há margem para criação de algumas formas mais intensas de colaboração não apenas entre os quatro municípios mas se calhar retomando a realidade em tempos tentada da grande Área Metropolitana do Minho, abarcando os distritos de Braga e Viana do Castelo. Temos uma segunda dimensão, mais prática e política, sabendo que na altura houve muita resistência à concretização desse projecto, interna e externa, e seria preciso vencer essas resistências para poder avançar”.

O primeiro passo para a concretização de um projecto regional, diz Rio, “é obviamente o diálogo entre os agentes do território”. “Julgo que, apesar de tudo temos, uma realidade diferente da verificada na altura. Os protagonistas de hoje têm uma relação de proximidade e colaboração completamente diferente da do passado, há que aprofundar e concretizar estas dimensões de colaboração que poderão ser instituídas no âmbito da reorganização territorial”, finzalizou. 

Áudio:

Ricardo Rio sobre a possibilidade de criação da Área Metropolitana do Minho

Liliana Oliveira
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