PS diz que “se obra no Nó de Infias custa apenas 5ME, a CMB pode avançar já”

O Partido Socialista não acredita que a intervenção no Nó de Infias, em Braga, que se prevê que arranque em 2021, tenha um custo total de cinco milhões de euros. Se assim fosse, Artur Feio considera que o Município de Braga tinha reunidas as condições para avançar já e parar de dificultar a vida diária dos bracarenses.

De acordo com os técnicos do Município de Braga e da Infraestruturas de Portugal esse será o valor aproximado da intervenção, mas esta manhã, na reunião camarária, Artur Feio, vereador socialista, levantou muitas dúvidas.

Na reunião de câmara foi aprovado por unanimidade um protocolo de colaboração entre a CMB e a Infraestruturas de Portugal para a execução de um projecto que visa minimizar os constrangimentos de tráfego automóvel no Nó de Infias. Ora, os socialistas consideram que o problema “deve ser resolvido independentemente de haver ou não financiamento do Estado Central”.

“Se o PS governasse a CMB, a obra estaria incluída no orçamento deste ano” – Artur Feio

Artur Feio levanta “muitas dúvidas” quanto ao valor previsto para uma obra daquela envergadura. “Acho que é manifestamente insuficiente 5ME para resolver o Nó de Infias. Se for o caso, uma Câmara Municipal como a de Braga, com um orçamento de 120ME não pode dificultar a vida dos bracarenses todos os dias por apenas cinco milhões. É uma questão essencialmente política. Se fosse 5ME como ele [Ricardo Rio] o afirma, então resolvia já neste plano de investimento de 2020”, atirou em declarações aos jornalistas. Artur Feio referiu ainda que a informação que saiu da CMB no fim-de-semana sobre o assunto contém “mentiras” no que respeita à solução do problema e ao valor da obra. Apesar de reconhecer que o Estado central deve comparticipar a intervenção no Nó de Ínfias, Artur Feio assegura que se o PS governasse a Câmara Municipal de Braga “avançaria de imediato” com a intervenção, não ficando à espera de ninguém para intervir.

Projecto que contempla construção de um viaduto parece ser o mais viável

O principal constrangimento é o acesso de que vem de Palmeira para o centro da cidade. Por isso, primeiramente, a tarefa será a de “desviar os acessos para o Nó e para as demais saídas para o Nó, aquilo que é o trânsito volumoso que vem de Palmeira”, adiantou o autarca Ricardo Rio. A construção de um viaduto para desviar o trânsito sem interferir com as restantes faixas é a “mais útil enquanto solução e do ponto de vista económico”. Nessa mesma solução surgem “outras correcções” como “ligações directas para quem vem do Hospital para a Variante do Cávado”, acrescentou.

Até 2021, data prevista para o lançamento do concurso público internacional, a autarquia de Braga e a Infraestruturas de Portugal vão realizar levantamentos topográficos “muito rigorosos”, além de discutir todas as especialidades inerentes ao projecto. 

“É incontornável que o Estado Central assuma a sua responsabilidade” – Ricardo Rio

“A obra deve ser financiada, se não a 100%, de uma forma significativa pelo Estado central,mas não está fora de causa que caso essa comparticipação não aconteça, a obra não se realize”, admite o autarca bracarense. “É um investimento prioritário, um investimento com um enormíssimo impacto na qualidade de vida da população de Braga e na dinamização económica, nas áreas empresariais que estão na envolvente, e portanto é incontornável que o Estado central assuma a sua responsabilidade como tem feito noutros locais”, defende.

Ricardo Rio sugere a Artur Feio que questione os técnicos da Infraestruturas de Portugal e do Município de Braga

Sobre o valor, o presidente da autarquia contou que apenas “transmitiu a informação” deixada pelos responsáveis, “pessoas com vastíssima experiência do ponto de vista de intervenção em obras de arte como esta que aqui vai ser necessário fazer”. 

Ricardo Rio insiste que se trata de uma matéria em que a CMB não se deve manifestar totalmente disponível para assumir uma responsabilidade que é do Estado. “Se o Estado falhar também já estamos habituados a substituí-lo, mas é um cenário que não vamos estar a trabalhar como ponto de partida, vamos analisar num momento próprio”, concluiu.

Ainda em Novembro arrancam “intervenções cirúrgicas” que podem promover “algumas melhorias”

As pequenas obras para alargar o caudal de escoamento de trânsito arrancam a 15 de Novembro, durante o período nocturno. A IP vai ainda realizar intervenções de pavimentação, sinalização e algum ordenamento de trânsito que poderá significar uma “melhoria sensível”.

Ainda no que respeita ao trânsito em Braga, Ricardo Rio lembra que mesmo com intervenções, a única solução concreta para este problema  é a redução do número de automóveis na cidade. “Não vale a pena criar a ilusão que por mais obras o trânsito vai melhorar de uma maneira espectacular. Braga está a crescer”, disse, referindo-se ao aumento do número de automobilistas que circulam diariamente na cidade.

Na reunião de câmara desta segunda-feira o vereador da CDU, Carlos Almeida não esteve presente fazendo-se substituir pelo número 2 da lista, Jorge Amado.

Elsa Moura
Elsa Moura

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