SC Braga aborda questão do IVA e critica “manobras de distracção” da Liga
O Sporting de Braga criticou hoje a Liga na campanha do organismo pela descida do IVA.
Numa nota de imprensa enviada às redacções, o Sporting de Braga demarcou-se da campanha da Liga Portuguesa de Futebol Profissional em prol da redução do IVA nos espetáculos desportivos, prevista para a próxima jornada da I e II ligas, considerando-a “uma manobra de distracção”.
A nota refere que o clube arsenalista “estranha o ímpeto com que a Liga Portugal tem atacado a questão do IVA e informa que não se associa à campanha prevista para este fim de semana, por entender que ela coloca o enfoque num tema avulso, cuja importância para os clubes e para os adeptos é muito relativa e que não tem impacto estrutural no crescimento do futebol português”.
O clube liderado por António Salvador “entende que a descida do IVA sobre os espetáculos desportivos deve integrar o conjunto de medidas na área fiscal e regulatória, mas reforça que a campanha mediática que a Liga Portugal tem encetado é uma manobra de distração que desvia o foco do essencial para o acessório e que retira força a um projeto estrutural e conjunto que, esse sim, será uma revolução para o desporto português e que por isso mesmo deve unir todos os clubes e todas as estruturas do nosso futebol”.
Os arsenalistas recordam que, em 17 de outubro, houve uma reunião promovida pela Federação Portuguesa de Futebol para “apresentação e debate de uma agenda com vista à sustentabilidade e ao crescimento do futebol português”, tendo dela resultado “a constituição de grupos de trabalho com vista à concretização das medidas propostas, sendo um deles dedicado à área regulatória e fiscal”.
“Este grupo pretende implementar muitos dos pontos já trabalhados no âmbito do G15, nomeadamente no que concerne à carga fiscal sobre os jogadores (IRS), bem como o regime de tributação das sociedades desportivas (IRC) e a descida do IVA dos 23% para os 6%, para além de outras medidas como a alteração do regime jurídico dos acidentes de trabalho aplicável aos jogadores e do qual resultam encargos incomportáveis em termos de seguros”, pode ler-se.
