“Se o mérito foi reconhecido há 5 anos, agora é muito mais”

Um novo pacto verde, combate à corrupção, criação de um salário mínimo europeu e 35 dias de férias anuais. É este o caminho que o Livre defende para a Europa.
Há cinco anos, assumiu-se como um partido disruptivo que conseguiu “a melhor estreia de sempre de um partido em eleições europeias”, conquistando “72 mil votos equivalente a 2,2% da votação”. Em 2019, o objectivo é “eleger”. Aumentar o número de votos e mostrar que “se o mérito foi reconhecido há 5 anos, agora é muito mais”.
Aos 47 anos, Rui Tavares é o cabeça de lista do Livre às Europeias. Em Braga, esta quarta-feira, assumiu o seu partido como “uma alternativa a todo o sistema político em Portugal”.
“É a alternativa cívica, séria, de honestidade intelectual, de realismo perante os problemas mas de idealismo nas suas propostas”, sublinhou o candidato.
Para Rui Tavares, “as pessoas querem ver políticos que não se tratem infantilmente uns aos outros, porque, quando assim é, não há a mínima possibilidade de tratarem os eleitores como adultos”.
Novo Pacto Verde é a grande proposta do Livre para a Europa
Green New Deal (Novo Pacto Verde) é a principal proposta do Livre. “São 500 mil milhões de euros anuais, nos próximos 5 anos, com capital inicial do Fundo Europeu de Investimentos, para fazer a rapidíssima transição energética de que precisamos, para investir nos milhões de empregos que é possível criar na economia verde ao nível do continente e para apoiar a renovação de edifícios, com isolamento, aquecimento e refrigeração eficientes, porque é isso que permite aumentar a produtividade nos locais de trabalho e diminuir a pressão no Serviço Nacional de Saúde, quando vemos tantos cidadãos seniores que não têm dinheiro para renovar os seus edifícios, nas alturas dos picos de frio ou de calor, serem vítimas destes fenómenos”, descreveu.
Se chegar ao Parlamento Europeu, Rui Tavares vai desafiar “o grupo dos verdes europeus e a esquerda europeia a fazer um grupo parlamentar conjunto”. “Seria o terceiro maior grupo e um grupo chave no futuro do Parlamento Europeu (PE)”, frisou.
O candidato quer ainda “fazer cursos de cidadania e democracia de direitos europeus”, para “as pessoas poderem exigir os seus direitos como cidadãos europeus”.
“O Livre pressionará para que seja desbloqueada a directiva antidiscriminação, bloqueada há 11 anos no PE, algo que impediria os patrões europeus de discriminar em função do sexo, orientação sexual, religião, deficiência ou gravidez”, apontou ainda o cabeça de lista.
Áudio:
Rui Tavares, cabeça de lista do Livre às Eleições Europeias, aponta algumas das propostas para a Europa
