Sec. Estado: “AGRO é exemplo da pujança do sector na região”

Abriram-se hoje oficialmente as portas da AGRO 2019. A maior feira internacional de agricultura, pecuária e alimentação do norte do país e Galiza decorre, uma vez mais, no Altice FORUM Braga.

A sessão de abertura, ao final da manhã de hoje, contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura, Luís Medeiros Vieira, que considera que o certame de Braga é “um bom exemplo” da “pujança do sector agroalimentar da região”. “É uma feira extremamente importante. Sempre foi”, sublinhou.

Luís Medeiros Vieira considera ainda que a feira instalada no FORUM “mostra claramente que, neste momento, a agricultura atravessa um bom momento, pese embora as dificuldades nomeadamente as alterações climáticas, uma vez que é o sector que mais sofre”. “A agricultura portuguesa neste momento é mais profissional, inovadora e orientada para o mercado”, disse ainda.

Na abertura oficial das portas, Ricardo Rio deixou a certeza de que as expectativas para esta edição são “multo altas”. Com o objetivo de alcançar “um número cada vez maior de visitantes”, Rio está confiante de que tanto a “programação como o tempo” vão a ajudar a atrair “algumas dezenas de milhar de visitantes”. “A AGRO tem a particularidade de ser, simultaneamente, um evento de cariz profissional, em que se contactam os profissionais do sector, mas também com um cariz popular muito forte, seja pelo contacto com a natureza, produtos agrícolas ou restauração, num espaço que foi substancialmente melhorado”, frisou.

Sector agroalimentar exportou “6,9 mil milhões de euros”

O clima tem interferência directa nos resultados do sector. No entanto, e apesar do tempo seco, o secretário de Estado garante que “os agricultores portugueses estão a produzir mais e melhor e de uma forma sustentável”. “O crescimento das exportações que temos registado, ao longo dos últimos anos, tem sido feito de uma forma sustentada. O sector agroalimentar exportou, em 2018, 6,9 mil milhões de euros”.

Apesar de alguns considerarem a área “tradicional e sem futuro, os agricultores foram capazes de o transformar num sector pujante e inovador, porque souberam inovar ao nível dos processos e produtos”, enalteceu.

Confrontado com a questão da seca, que põe em risco o sector, Luís Medeiros Vieira relembrou que “o Governo tem um Plano Nacional de Regadios em execução, mais de 93 mil hectares até 2023, e que tem um investimento na ordem dos 540 milhões de euros”. “Trata-se de direccionar investimento para permitir criar reservas de água que permitam, em situações de falta, suprir essas carências”, justificou Luís Medeiros Vieira.

No entanto, não desvalorizou o problema e assumiu que “a seca preocupa” e que “não é fácil resolvê-la”. “Tem sido feito um trabalho de identificar os motivos e as melhores soluções”, acrescentou.

Já Ricardo Rio lembra que “Braga é o testemunho que é possível fazer conviver sectores tão diversos como os que aqui temos presentes”.

“A AGRO é também testemunho da profunda transformação que o sector tem verificado. Passamos de uma situação de dependência de muita produção para a autossubsistência, para uma lógica de independência, onde quem hoje se dedica à agricultura são pessoas que a veem como um modo de vida, porque entendem que é um sector que podem valorizar pelas muitas oportunidades de negócio”, apontou.

O autarca diz ainda que se regista “um aumento de projectos de empreendedorismo no sector primário, que são o testemunho de que este é um sector vivo e a prova de que uma iniciativa como esta faz sentido, porque vem dar oportunidades de negócio”.

Com espaço renovado, são esperadas entre 45 a 50 mil pessoas no certame. A AGRO abriu portas esta quinta-feira e tem em exposição cerca de 500 animais ao longo dos quatro dias

Este ano regressam os momentos musicais ao auditório do Altice FORUM Braga nas noites de sexta feira e sábado e na tarde de domingo.