Segurança e mobilidade suave são as apostas para o campus de Azurém

A Universidade do Minho apresentou, esta quarta-feira, o Plano de Desenvolvimento Integrado para o campus de Azurém. Uma prioridade estabelecida pela equipa reitoral, que está inserida no plano de Acção da Universidade do Minho para 2017/2021. A ideia passa por conseguir, a médio-longo prazo, tornar o campus de Azurém num espaço mais sustentável e próximo das pessoas.
O Plano de Desenvolvimento Integrado conta com as sugestões, não só dos estudantes, mas também de uma equipa multidisciplinar onde marca presença a Escola de Arquitectura, de Engenharia, de Geografia, de Ciências, a Associação Académica, os Serviços de Acção Social, interfaces, serviços técnicos e a Câmara Municipal de Guimarães.
O pró-reitor para a Qualidade de Vida e Infraestruturas, sublinha a necessidade de “valorizar os espaços exteriores, promover a mobilidade suave e segura, mas também o uso dos espaços públicos e verdes para práticas de desportivas e culturais”. Paulo Cruz adianta que a equipa que está a realizar o plano olhou para exemplos na Europa e no país, como é o caso da Universidade de Berlim e de Aveiro, que incentivam os estudantes a praticar desporto.
Contudo, a grande prioridade para a UMinho passa por encontrar uma solução para a passadeira que se encontra na entrada do campus de Azurém. “Não faz sentido nenhum”, afirma o pró-reitor, alegando que os estudantes correm perigo, uma vez que este é um local de entrada e saída de veículos.
A mobilidade suave é outro dos chavões. No entanto, é um ponto que estará dependente das políticas adoptadas pela autarquia. “Se a cidade quer restringir ou alargar o espaço do centro histórico à entrada de veículos, terá de ter parques e investir nas periferias. Alguns desses equipamentos podem surgir perto do campus, o que condiciona o que estamos a fazer dentro de portas, ou seja, se tivermos parques de estacionamento fora do campus de Azurém vamos ter menos presença de automóveis dentro da Universidade”, explica.
A coordenadora do estudo frisa que este é um estudo que “organiza as linhas estratégicas” para o futuro. Sobre a mobilidade Marta Labastida defende uma reorganização do estacionamento abrindo a possibilidade de no futuro a UMinho optar por construir, através da ajuda de privados, um parque de estacionamento que, simultaneamente, seria utilizado, por exemplo, para eventos desportivos ou culturais de modo a aproximar a população do campus.
A coordenadora refere também a necessidade de dar a conhecer todas as valências do campus de Azurém à comunidade académica. “Muitos estudantes desconhecem a possibilidade de fazer percursos ou de atalhos que existem no campus”, refere.
As sugestões podem ser enviadas para o e-mail: sec-pcruz@reitoria.uminho.pt. Neste momento, em carteira, estão ideias como a instalação de painéis solares e carregadores para veículos eléctricos. A UMinho vai dar prioridade a ideias que aumentem os acessos a pessoas com mobilidade reduzida e à instalação de pequenos mobiliários de jardim.
