Semibreve está de volta e traz artistas “pioneiros e emergentes da síntese”

O Semibreve está de volta para a sua 9ª edição. Aquele que é já um dos festivais de música electrónica mais importantes da Europa apresenta, entre Sexta-feira e Domingo, 14 concertos, quatro instalações, um workshop, e duas conversas nos espaços do Theatro Circo, gnration, Casa Rolão, Capela Imaculada do Seminário Menor, Museu Nogueira da Silva, Salão Medieval da Universidade do Minho e Edifício do Castelo.
No programa de concertos, o festival aponta a artistas transversais à história da electrónica: os pioneiros Suzanne Ciani e Morton Subotnick, o posterior e multifacetado Robin Rimbaud, sob o nome artístico Scanner, os contemporâneos Alessandro Cortini, Felicia Atkinson e Oren Ambarchi + Robert AA Lowe – dupla em estreia mundial no certame bracarense -, ou ainda o emergente Rian Treanor.
“Este ano viramo-nos muito para os pioneiros da música electrónica mas também para figuras posteriores e para o talento emergente da síntese”, explica à RUM Luís Fernandes, programador do Semibreve.
“Festival pode crescer no caso de Braga se tornar Capital Europeia da Cultura”
O Semibreve acontece desde 2011 e, daí para cá, o interesse foi crescente e os bilhetes esgotam ainda antes de ser conhecido o cartaz. A maioria dos espectadores não é português, o que traduz, segundo o programador, que o Semibreve está já “no roteiro de festivais internacionais”. A preservação da identidade, crê Luís Fernandes, é a fórmula para o sucesso do certame.
“O Semibreve mantém a mesma filosofia desde o início. É um festival que só faz sentido se for fracturante e desafiante nas suas propostas e está cada vez mais consciente mas ao mesmo tempo arriscado no seu programa”.
A procura de cada vez mais público ao Semibreve poderia representar um alargamento de dias, artistas, e locais mas Luís Fernandes entende que muito do sucesso do festival se deve à pequena escala. “O que torna o festival especial e apelativo é a sua escala, a cidade onde decorre, o contexto e a filosofia de programação”, esclarece, antes de salvaguardar que “pode haver uma expansão” no caso de Braga se tornar Capital Europeia da Cultura em 2027. “Mesmo aí, tem de ser feito algo que não desvirtue este formato que queremos preservar”, ressalva.
Todo o programa do Semibreve pode ser consultado aqui. O passe geral e os passes diários de Sexta-feira e Sábado estão esgotados mas ainda há ingressos para o workshop de Sábado e para os concertos de Domingo.
