Seminário no ICS debate resultados do Modelo de Apoio à Vida Independente

Reflectir o estado actual da intervenção na área da deficiência é o objectivo do seminário “Vida Independente: do Conceito às Práticas”. A primeira edição da iniciativa realiza-se esta sexta-feira de manhã, a partir das 9h30, na Sala de Atos do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, no Campus de Gualtar.
O evento tem como base os resultados do Modelo de Apoio à Vida Independente (MAVI), que entrou em funcionamento este ano e que é implementado pelos Centros de Apoio à Vida Independente (CAVI), tutelados pelo Instituto Nacional para a Reabilitação (INR).
Fernanda Sousa, coordenadora do MAVI, Humberto Santos, presidente do INR, Moisés Martins, director do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, que organiza o evento em parceira com a Associação Vida Independente (AVI), e representantes de diferentes CAVI vão marcar presença no evento.
A coordenadora técnica do CAVI da AVI, situado em Braga, destaca a importância de os diferentes actores sociais “conhecerem melhor” este projecto piloto. Inês Mendes explica que o modelo está “assente numa forma distinta de apoiar, que defende sobretudo a auto-determinação da pessoa com deficiência”.
“É diferente da maioria das iniciativas de intervenção porque assenta numa mudança de paradigma no que toca àquilo que tem sido a prática mais comum, em termos de assistencialismo e de institucionalização”, complementa.
Através deste modelo, baseado na assistência pessoal, “a pessoa com deficiência é acompanhada nas actividades do dia-a-dia, que, pelas limitações que têm, não é capaz de realizar sozinha”. O apoio pode ser dado em contexto doméstico, laboral ou até na frequência do Ensino Superior.
“São inúmeras as possibilidades, uma vez que estamos a falar não só daquilo que um cuidador habitualmente faz, como cuidados pessoais, de higiene e alimentares, mas sobretudo em todos os âmbitos da vida da pessoa”, sintetiza.
