Sondagem. “Não se pode responsabilizar exclusivamente a actual liderança”

Ricardo Rio já reagiu ao mais recente barómetro da Aximage, feito para o Negócios e para o Correio da Manhã, dá conta de uma quebra acentuada das intenções de voto no PSD, mas também uma enorme degradação da imagem de Rui Rio aos olhos dos portugueses.
O PSD recolhe agora 23,1% das intenções de voto desta sondagem, o que representa uma quebra de quatro pontos percentuais face a Abril, menos 12,5% do que o PS.
Ricardo Rio diz que os números “são sempre fonte de preocupação”, mas relembra que “as sondagens são um indicador, não são um resultado”.
O social democrata de Braga considera que o PSD tem que “trabalhar para contrariar a tendência”, mas assume que “não é uma situação fácil para o partido, nem é de hoje”.
Rio frisa ainda que não se pode “responsabilizar exclusivamente a actual liderança”. “O partido tem tido dificuldade desde que ganhou as eleições e não constituiu Governo em afirmar-se como alternativa na oposição”, justificou.
Quanto ao futuro, o bracarense defende a reformulação das “estratégias de comunicação e prioridades, para ir ao encontro dos anseios da população”. Rio não esquece “alguns passos importantes que tem sido dados, de abertura à sociedade civil, mas, mais do que isso, tem que existir um revisitar do programa e das prioridades do ponto de vista dos desafios da sociedade”. “A questão demográfica, tecnológica, inovação e ambiental são matérias que têm que estar no topo das prioridades, além de outras que dizem respeito à reforma estrutural do Estado, como é o caso da sustentabilidade da Segurança Social e da promoção de desenvolvimento económico”.
Os resultados das sondagens, afirma ainda, “não são por força da excelência do PS e do actual governo, em coligação com o BE e a CDU”. “Há falhas próprias que temos que corrigir e é para isso que temos que trabalhar”, completou.
