SPN quer ACT a investigar ensino particular e cooperativo

O Sindicato de Professores do Norte (SPN) quer uma reunião com a inspectora da ACT. Em causa o ensino particular e cooperativo. Esta foi uma das questões em debate na reunião da comissão executiva do SPN, em Braga, esta terça-feira.
À RUM, a coordenadora do sindicato referiu a existência de múltiplas irregularidades nestes estabelecimentos. “Há muitas situações que temos vindo a identificar, situações de abuso de poder, situações em que o sindicato tem dificuldade em fazer uma reunião nas escolas, porque chega a ser impedida a entrada do dirigente sindical na escola”, apontou a Manuela Mendonça.
Segundo aquela porta-voz já foi solicitada uma reunião “com carácter de urgência” com a nova inspectora geral da ACT, mas também à Inspecção Geral de Educação “para que fiscalizem as situações que vamos denunciar”. Para a próxima semana, em conferência de imprensa, o SPN deverá “dar visibilidade pública a situações inaceitáveis”. Manuela Mendonça lembra que “muitas destas escolas privadas são financiadas com dinheiros públicos”, e, por isso, “da parte dos poderes públicos” deve haver “uma intervenção que permita que estas situações não aconteçam”, acrescentou.
SPN quer envolver mais professores nas acções de luta previstas para Março
“A prazo, a profissão de professor pode estar em risco”. O aviso é da coordenadora do Sindicato dos Professores do Norte (SPN). À saída da reunião da comissão executiva, que esta terça-feira decorreu no auditório da Francisco Sanches, em Braga, Manuela Mendonça admitiu que a preocupação central está nas condições de exercício da profissão docente e das propostas “insuficientes” do Governo face aos compromissos assumidos com a Fenprof. Por isso, o sindicato vai reforçar o número de reuniões nas escolas para discutir o plano de luta para as próximas semanas.
A norte, a greve dos professores faz-se no dia 16 de Março. A coordenadora do SPN lembrou ainda o objectivo de realizar quarenta mil inquéritos a professores de todo o país para conhecer melhor a realidade da classe. Desses, 12 mil serão realizados na região Norte.
Os professores vão estar em greve entre 13 e 16 de Março. O protesto decorrerá faseadamente, por regiões e é convocado por dez estruturas sindicais, incluindo a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e a Federação Nacional da Educação (FNE).
Áudio:
Coordenadora Manuela Mendonça, em declarações à RUM
