STAL acusa Ricardo Rio de mentir sobre 35 horas

Manifestações, vigílias e greves são três das acções de luta em cima da mesa do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, depois da decisão do presidente da Câmara Municipal de Braga que optou por manter os horários de funcionamento dos serviços municipais. Para isso, terá de pagar uma hora extraordinária por dia aos funcionários dos respectivos serviços que vão manter o horário de atendimento.
Recorde-se que o município optou por “ao limite, tentar manter o volume de horas disponíveis para atendimento público”, como assegurou recentemente Ricardo Rio. O agravamento de custos vai ultrapassar os 250 mil euros por ano tendo em conta o pagamento de horas extraordinárias aos funcionários que vão executar essas tarefas. O autarca assegurou que os funcionários “não estão indisponíveis para trabalhar”, uma vez que regressou a compensação financeira. Mas o entendimento do STAL é outro. Esta quarta-feira, depois de um plenário de trabalhadores, o sindicato prometeu diferentes formas de luta para repôr a todos os funcionários, sem excepção, as 35 horas de trabalho semanais.
Baltazar Gonçalves, responsável do STAL, considera que Ricardo Rio “não está a ser verdadeiro porque prometeu ao sindicato que quando entrassem as trinta e cinco horas seriam para todos”. O sindicalista lembrou que na Agere, mais de duzentos trabalhadores vão trabalhar quarenta horas, realçando que Rio “está a olhar para os empreiteiros que têm 49% da Agere” e “não olha pelo interesse dos trabalhadores”.
Entre as formas de luta, Baltazar Gonçalves promete um comunicado à população, seguir Ricardo Rio nos trabalhos fora do gabinete com placas com as palavras “35 horas para toda a gente”, ou aparecer nas reuniões de câmara para reclamar junto do executivo.
Vigílias e greves fazem também parte do plano que será definido esta sexta-feira numa reunião do sindicato que promete não parar até conseguir atingir o objectivo.
