“Stalking”. Crime silencioso é mote para debate em Braga

O 1ºFórum Nacional de Stalking acontece esta quarta-feira (14h00), na Aula Magna da Universidade Católica de Braga. Organizado pelo Núcleo Rotary DC Rota Solidária, tem como objectivo informar as pessoas sobre como devem actuar, a quem se devem dirigir e como podem prevenir este acontecimento. O grupo pretende, no futuro, alargar esta iniciativa a escolas para que os mais novos fiquem a conhecer este crime que tem se alastrado a faixas etárias cada vez mais jovens.

Para debater o assunto são convidados  o artista e escritor de um livro sobre esta temática, António Ribeiro, dos UHF, a especialista em inteligência emocional, Maria Augusta Branco, além da APAV, GNR, entre outros convidados.

“Um stalker é um perseguidor e infelizmente hoje em dia torna-se fácil recolher informação sobre a vítima através das redes sociais”, começou por referir à RUM, Teresa Pinto, coordenadora do evento. 

Quem são as vítimas?

Desde Setembro de 2015 que a prática de stalking é considerada crime em Portugal, apesar disso, os números continuam a aumentar. O grupo maioritário de vítimas continua a ser o sexo feminino. No entanto, em 2017, dos mais de 400 pedidos de ajuda e aconselhamento que chegaram à APAV, 25% provinham do sexo masculino.

Teresa Pinto admite que “devido ao preconceito social os homens ainda sofrem em silêncio”.

Perfil de um stalker

As atitudes de um stalker (perseguidor) muitas vezes podem ser interpretadas como gestos românticos e/ou sem maldade. Porém, a persistência e a não aceitação de uma resposta negativa pode originar este crime. Teresa Pinto descreve a situação “típica” como o envio sistemático de mensagens, envio de flores depois de ter ouvido um “não”, ou a provocação de encontros.