Taça da Liga 2018. Uma final feita de coincidências

Chegam a Braga vindos de Setúbal e de Lisboa, com os olhos postos na Taça da Liga. Sporting – Vitória FC reeditam a primeira final da taça, na altura denominada de Carlsberg Cup. De 2008 a 2018 distam dez anos, mas [quase] tudo se mantém igual, só muda o palco. Repetem-se as equipas, a vontade de vencer e alguns jogadores. Edinho, dez anos depois, volta a ser opção para o ataque do Setúbal. Em 2008, fui um dos responsáveis por levar a taça até ao Estádio do Bonfim. E, se isto der outra vez em penalties, lá vai estar Rui Patrício, novamente. Yanick Djaló, agora ao serviço do Vitória de Setúbal, vestia de leão ao peito na época 2007/2008, mas certo está que o avançado não integrará a lista de José Couceiro no jogo desta noite.

Dia 22 de Março de 2008, Estádio do Algarve. O Vitória orientado por Carlos Carvalhal conseguiu um empate no final dos 90 minutos. A formação de Alvalade, segunda classificada da Liga Portuguesa em 2007/2008, era orientada por Paulo Bento. Jorge Jesus treinava o Belenenses, José Couceiro viu a final desde da Lituânia, por na altura ser seleccionador daquele país. Primeira edição da Taça da Liga que muitos clubes não fazim questão de levantar, por não dar acesso a nada. Talvez isso seja a justificação para o facto do Sporting nunca ter vencido a prova. Desde a primeira hora que a formação sadina se destacou como um dos principais pretendentes a erguer o troféu. E fez por isso. Foi preciso ir às grandes penalidades para se encontrar o vencedor.

Carlos Carvalhal, Cláudio Pitbull e Léo Bonfim festejam conquista da taça.    DR

A julgar pelo jogo frente ao FC Porto, se o cenário voltar a repetir-se, o Sporting “está preparado”, garante Jorge Jesus. Mas também José Couceiro tem estudado diferentes desfechos e formas de bater Rui Patrício se o jogo ditar o desempate através de grandes penalidades. “Claro que preparamos isso, mas não queremos que o jogo se resolva nos penáltis. Vamos jogar para vencer”, frisa o técnico sadino.

Bruno Fernandes fora da equipa do Sporting era bom para Couceiro, “pela qualidade de jogo e pelas diferentes posições que pode ocupar”. Para Jesus, devido “ao grande jogador que já é”, Gonçalo Paciência era quem escolhia para retirar do onze setubalense. Paciência, Jorge. O Gonçalo vai jogar. Os dois técnicos reconhecem que será um jogo complicado, com duas equipas à procura de vencer. O técnico do Setúbal, realça que os jogadores estão cansados, “pelas piscinas que andam a fazer entre Setúbal e o norte de Portugal”. Jorge Jesus “quer um jogo com qualidade, com golos, se possível a favor do Sporting”.

Pedro Proença, agora presidente da Liga de Clubes, foi o árbitro da partida e, ao contrário do jogo de sábado, na altura sem auxílio do vídeo-árbitro. Na antevisão da final, disse estar à “espera de um grande jogo de futebol” e aproveitou ainda para dar os parabéns a Braga “pela boa organização da prova”. Ao lado estava Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, que manifestou o agrado pela Final Four se manter na cidade até 2020. Na próxima época as equipas até podem mudar, mas o Estádio Municipal de Braga manter-se-á como o palco desta final.

Áudio:

Jorge Jesus e José Couceiro na antevisão da partida. 

Paulo Costa
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