Técnico da equipa feminina do SC Braga diz que não há favoritos na Supertaça

O treinador da equipa feminina de futebol do SC Braga diz que não há favoritos na Supertaça, troféu que os arsenalistas disputam este domingo diante do Benfica, no Estádio João Cardoso (18h45).
Esta manhã, na antevisão à partida, Miguel Santos referiu que a sua equipa vai apresentar-se fiel à sua identidade e em busca do triunfo.
“Vamos ter a nossa identidade, levar o plano e estratégia de jogo bem definido e depois tentar criar as melhores oportunidades para fazer golo para ganhar o jogo. Sabemos que está em jogo um troféu com duas das grandes equipas do futebol nacional e a percentagem de vitória, num confronto destes, é 50/50”.
O SC Braga perdeu na temporada passada com o Benfica na meia-final da Taça de Portugal mas Miguel Santos garantiu que a equipa aprendeu com os erros e ultrapassou a derrota. Entretanto, o Benfica, embora tenha cumprido os objectivos da temporada passada, trocou de treinador – saiu João Marques e entrou Andrade – mas Miguel Santos considerou que os comportamentos do adversário pouco mudaram.
“O Benfica trocou de treinador mas o que está agora já estava na estrutura desde Dezembro, conhece bem o clube [Andrade jogou no Benfica entre 1999 e 2003]. Vejo, na nova época, algumas diferenças na dinâmica defensiva, na circulação e nas bolas paradas, e, ofensivamente, alterou algumas situações no último terço, mas não está um Benfica muito diferente da época passada”, observou, apontando, porém, que o plantel encarnado desta época é “bem mais forte” do que o da temporada passada.
O Sporting de Braga vai apresentar-se diante do Benfica sem Daniuska e Jana, ambas de fora por lesão. Se no caso de Daniuska a ausência pode não ser tão notada, visto que não é titular indiscutível, a situação de Jana é diferente: a defesa-central é uma das principais figuras da equipa e junta qualidade à experiência. Face às ausências, Miguel Santos reconheceu que vai ter de alterar a estratégia mas garantiu ter soluções dentro de portas.
Depois ter ganho Campeonato e Supertaça, Miguel Santos esperava galardão de Equipa do Ano
A equipa feminina de futebol do SC Braga estava nomeada na categoria de Melhor Equipa do Ano na gala Quinas de Ouro, iniciativa da Federação Portuguesa de Futebol que premiou os melhores do desporto nacional. Os arsenalistas eram favoritos ao galardão considerando que venceram, na época 2018/2019, o campeonato e a Supertaça, mas o prémio foi para o Benfica. Tal resultado pode ser explicado pelos critérios para os vencedores: a votação do público equivaleu a 40% do resultado final, enquanto 60% foi destinada à votação de treinadores.
Desafiado a comentar o resultado, Miguel Santos – ele que venceu o prémio de melhor treinador da modalidade – reconheceu que esperava que a sua equipa conquistasse o galardão.
“O Braga foi o campeão nacional e ganhou a Supertaça, ou seja dos três grandes troféus [não ganhou a Taça de Portugal] venceu dois, e achava que podia ganhar”, assinalou, salvaguardando que a situação “não beliscou em nada a confiança da equipa”. “No dia seguinte [à entrega do prémio] não vi ninguém sisudo ou triste, vi toda a gente com o mesmo espírito de trabalho, e nós aqui respeitamos toda a gente”, completou.
Rute Costa garante que “não há sentimento de vingança” em relação ao Benfica
A guarda-redes da equipa feminina do SC Braga Rute Costa foi a porta-voz do plantel na antevisão da Supertaça. A guarda-redes, em consonância com a opinião do seu técnico, não apontou favoritos e afiançou que o SC Braga vai entrar em campo para ganhar.
Os arsenalistas venceram, na temporada passada, dois troféus, só faltando a Taça de Portugal para lograrem o triplete. O título fugiu após derrota diante do Benfica na meia-final da competição mas Rute Costa garantiu que “não há sentimento de vingança”. “Claro que essa eliminatória foi dura para nós mas estamos focadas no nosso trabalho e não há sentimento de vingança”, apontou.
A guardiã das redes arsenalistas comentou também o galardão das Quinas de Ouro, perdido para o Benfica. Rute Costa considerou que o critério “de votação aberta” influenciou o resultado. “A votação era pública e pode ter estado relacionado com a massa adepta mas não há ressentimentos: é preferível termos os títulos do que ser a equipa do ano…”, atirou.
