“Distrito de Braga não tem soluções de transportes”

Telmo Correia, cabeça de lista do CDS-PP em Braga considera uma ideia “lógica” a defesa de uma ligação ferroviária entre as cidades de Braga e Guimarães. Os candidatos centristas pelo distrito de Braga realizaram nos últimos dias viagens via transportes públicos, no distrito, onde encontraram “muitas falhas”.
O candidato criticou os preços praticados para ligações como Ponte de Lima – Porto ou Guimarães – Braga, via CP, referindo que o valor dos passes é muito diferente, mesmo em situações em que as distâncias são muito parecidas. O candidato a deputado defende, por isso, um apoio estatal para todo o país no que respeita aos passes sociais, e não apenas o que foi anunciado para Lisboa e Porto.
Considerando que o que chega às CIM’s para distribuir pelas autarquias é “muito pouco”, o candidato refere ainda que “o problema não está a ser resolvido”, além de que as câmaras “podem ou não” estar a utilizar o apoio que recebem para esse mesmo fim.
“Distrito de Braga não tem soluções de transportes. Quadrilátero tem que ser encarado como uma área metropolitana”
Num olhar mais concreto para o quadrilátero urbano, Telmo Correia quer uma ligação mais rápida e eficaz entre as quatro cidades – Braga, Barcelos, Famalicão e Guimarães – e diz que “não é justo nem aceitável” que se demore “meia dúzia de horas” a fazer a ligação entre estas cidades tão próximas, via transportes públicos. O candidato sublinha que “o quadrilátero tem que ser encarado como uma área metropolitana”.
Questionado sobre a reivindação da população para uma ligação ferroviária directa entre Braga e Guimarães, o centrista admitiu que se trata de uma questão lógica. “Faz todo o sentido, basta fazer qualquer um destes trajectos para perceber que o Guimarães – Braga é o que dá uma volta que não tem nenhum nexo e que obriga a mudar (de comboio). A proximidade é tão grande que se deveria fechar a circulação do quadrilátero com essa ligação”, disse.
Aos jornalistas o candidato anunciou que o CDS-PP exige “justiça” para com o que são os apoios do estado aos passes sociais, à semelhança de Lisboa e Porto. “Neste distrito não existem soluções minimamente equitativas com o que existe nas áreas metropolitanadas”, vincou.
O cabeça de lista acusa ainda o governo de não concretizar as promessas para os pontos negros de Braga e Guimarães, o Nó de Infias e o de Silvares, respectivamente.
