Terreno do Monte Cavalinho pode acabar nas mãos da CMG

A coligação Juntos por Guimarães, opositora do PS na Câmara Municipal, teme que o terreno do Monte Cavalinho, que vai estar em hasta pública na sexta-feira, acabe por ser adquirido pela Câmara Municipal. 

Hoje foi aprovado por unanimidade o estudo urbano apresentado pela Câmara para o Monte Cavalinho mas André Coelho Lima, da coligação Juntos por Guimarães, considera que os restringimentos do projecto, que recomenda habitações com custos controlados, podem afastar os privados na compra do terreno.

“[A coligação] aprovar o projecto não é aprovar a postura da câmara na hasta pública. O que foi aprovado a 5 de julho é: se não aparecerem privados, a câmara tem direito de preferência. Não é positivo que a câmara diga isto, que foi o aprovamos, e depois condicione de tal forma a construção que já se sabe, antecipadamente, que nenhum privado vá aparecer”, explicando que “o critério de intervenção pública tem de ser só o de determinação de condições para o loteamento”.

André Coelho Lima receia que se o município de Guimarães fique, deste modo, transformado “num promotor imobiliário”.

DOMINGOS BRAGANÇA REVELA ESTAR INDECISO

O presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, admite que está indeciso sobre a decisão a tomar até sexta-feira e revela que vai “ponderar até ao último momento”. No entanto, garante o desejo de avançar com o projecto “o mais rápido possível”, por considerar que Guimarães necessita, urgentemente, de uma zona urbana para as famílias de rendimento moderado e também de alojamento universitário.

O autarca ressalva, no entanto, que a autarquia “não tinha obrigação de realizar o projecto para o Monte Cavalinho” e que só o faz porque “acredita que é este o caminho para o urbanismo” na cidade.

A hasta pública para a aquisição do Monte Cavalinho, em Guimarães, está marcada para sexta-feira às 14h30. A base de licitação é de 2,75 milhões de euros.