TUB registam “avarias comuns” – Teotónio Santos

Os Transportes Urbanos de Braga (TUB) registam “havarias comuns” como qualquer autocarro com 17 anos de circulação. A convicção é do administrador da empresa que esta quarta-feira apresentou os números do ano de 2016.
Em 2015, a compra de 44 autocarros à STCP – num investimento que rondou os 250 mil euros – dividiu opiniões. À margem da conferência de imprensa que serviu para apresentar resultados, Teotónio Santos, desvalorizou as críticas que vêm sendo apontadas, sobretudo pelo vereador da CDU Carlos Almeida referindo que se tratam de avarias “pontuais” e até “naturais”. “Não confirmo situações de avarias superiores aos outros. Neste momento a idade média de toda a frota dos TUB tem dezassete anos, precisamos de uma renovação, mas o desempenho operacional até está bem acima do que seria expectável com esta idade”, disse.
Para o administrador, o investimento realizado em 2015 pela empresa municipal “foi interessante tendo em conta a situação em que os TUB se encontravam”. Teotónio Santos explicou que a aquisição de autocarros novos teria levado a empresa à falência. Admitindo que a renovação é necessária todos os anos e que a empresa precisava neste momento de adquirir 100 novos autocarros, o administrador reconheceu que não existem fundos para tal investimento nesta altura, recordando que em média cada autocarro novo convencional custa entre 200 e 250 mil euros.
Até ao final de Janeiro, a empresa municipal vai concorrer a um apoio do PO-SEUR – Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos – mas que paga apenas 85% da diferença entre um autocarro convencional e um autocarro limpo. Por isso, o administrador dos Transportes Urbanos de Braga sublinha que é necessário um apoio mais efectivo por parte do Estado.
