TUB vão ter Centro de Operações e Mobilidade

A empresa municipal Transportes Urbanos de Braga vai transformar o espaço actual, na Quinta de Sta. Maria, em Maximinos, num Centro de Operações e Mobilidade (COM) até meados de 2022. O arranque da obra deverá acontecer no final de 2018 e serão gastos, pelo menos, cinco milhões de euros.
Nos últimos meses a administração da empresa vinha anunciando o Parque de Material e Obras (POM), mas esta segunda-feira convocou a comunicação social para apresentar um estudo de maior envergadura e até aqui desconhecido. Um projecto a cargo do arquitecto bracarense Pedro Leite que estudou a área dos TUB e os objectivos da administração para a elaboração do estudo prévio apresentado hoje à comunicação social e a alguns membros da empresa.
O COM irá promover o convívio entre autocarros, bicicletas e pessoas e passa a integrar um “plano de regeneração urbana e (re) construção do parque de materiais e oficinas dos TUB”.
São 26.000m2 de implantação para aparcar 150 autocarros, 124 viaturas ligeiras, oficinas para 15 autocarros em simultâneo e uma praça do tamanho de um campo de futebol. A administração idealiza todo o espaço como sendo “funcional e operativo” de modo a responder a um serviço de mobilidade urbana “que se pretende eficiente e previsível”. O parque contará ainda com uma área de 7 mil metros destinada à instalação de painéis solares fotovoltaicos.
O terreno do bairro dos Falcões foi adquirido pelos TUB, mas os edifícios, da responsabilidade da Bragahabit, continuam por demolir. Naquele local será erguido um novo edifício, também dos TUB, destinado a diferentes funções, mas com uma praça aberta à cidade. O hall de entrada “será apropriado pela cidade”, com um percurso com vista para a oficina. Na torre estará “toda a inteligência da empresa”, além de “áreas administrativas e de funcionamento”.
Questionado pela imprensa sobre a duração da obra, o administrador reconheceu que se trata de um projecto longo. “Uma obra desta envergadura e complexidade é um processo longo. Até chegarmos a esta fase temos um ano de trabalho. Agora é preciso validar, depois disso teremos que passar ao ante-projecto e só depois é que podemos começar a pensar em licenciamentos, e depois de os ter é que se passa à fase de projectos de execução. Depois é preciso lançar o concurso da empreitada e depois é preciso iniciar a construção”, explicou.
Obras faseadas que não podem esquecer os compromissos para as viaturas eléctricas. “É uma obra para iniciar nunca antes do fim do próximo ano”, disse, acrescentando que numa primeira fase os autocarros serão estacionados onde ainda se encontra o bairro dos Falcões. “Podemos dizer que três anos é um prazo razoável”, estimou.
Já sobre os custos associados a um projecto desta dimensão, algumas dificuldades na resposta. Baptista da Costa sublinhou que “para bons projectos há sempre dinheiro” e, por isso, acredita no financiamento para o mesmo. Até aqui, os TUB já dispenderam 500 mil euros na aquisição de terrenos. No caso dos painéis fotovoltaicos, a empresa municipal acredita que “haverá financiamento comunitário” e recordou que a aquisição das primeiras viaturas eléctricas (que deverão chegar no final deste ano) aconteceu com um financiamento de 50% por parte do Governo. O administrador dos TUB recordou que o PMO deverá custar 2,5 milhões de euros, e que no total, o centro de operações e mobilidade deverá rondar os cinco milhões de euros.
O espaço contará ainda com uma sala de estar e balneários, além de serviços de apoio como cantina, área de formação e posto-médico. A área contará também com um espaço dedicado à Associação dos motoristas reformados dos Transportes Urbanos de Braga, que libertarão, assim, o Palácio dos Biscainhos, além de um café/restaurante e uma galeria.
