UE cria Força de Protecção Civil em 2019

Em 2019 a União Europeia vai contar com uma nova força de Protecção Cívil. Este é o resultado do protocolo aprovado, ontem, entre os Estados Membros sobre o novo mecanismo da Protecção Cívil da União Europeia. O acordo apelidado de “RescUE” vem permitir que a UE passe a ficar dotada de uma reserva de meios próprios de proteção civil para combater catástrofes em qualquer Estado-Membro, como foi o caso dos devastadores incêndios florestais do ano passado em Portugal.
José Manuel Fernandes, Eurodeputado, esteve presente nestas negociações e explicou à RUM que com este novo mecanismo a União Europeia passa a “poder ter meios” para combater incêndios, inundações, para conseguir colocar um hospital de campanha se existir um tremor de terra ou até um ataque terrorista, ou seja, passa a poder “disponibilizar meios próprios” para “ajudar” durante situações em que a vida das pessoas esteja em perigo.
“Continua a ser uma competência de cada estado membro a Protecção Civil este mecanismo não significa que os países podem relaxar, não, este é um meio complementar”, relembrou.
105 milhões de euros é o “esforço” que todos os Estados Membros vão fazer para garantir todo o reforço e aquisição dos meios no próximo ano. José Manuel Fernandes adiantou que alguns países tinham a “intenção de cortar programas” importantes para a coesão, emprego e para a juventude e a União Europeia “não aceitou” essa opção.
O Eurodeputado considera este entendimento um “acto solidário” por parte da União Europeia. “Ainda que a competência de prevenção seja de cada Estado Membro, a União Europeia compromete-se aqui a ajudar os países nestes casos. É uma prova de solidariedade, tanto da UE como do seu orçamento”, concluiu.
Áudio:
José Manuel Fernandes, Eurodeputado, em declarações à RUM.
