Um ano depois, a Casa da Memória está em “constante mutação”

A Casa da Memória de Guimarães celebra esta terça-feira, 25 de Abril, o seu primeiro aniversário. Depois de passar um fim-de-semana a festejar a data, o espaço está de portas abertas com várias actividades ao longo de todo o dia. Em entrevista à RUM, a directora da Casa da Memória fez o balanço do primeiro ano de actividade do espaço. Catarina Pereira fala num ano “desafiante”, que serviu para conhecer as expectativas dos visitantes e da comunidade.

“É um projecto extremamente delicado em termos de programação, de trabalho de equipa, de serviço educativo e de divulgação do projecto junto da comunidade e dos visitantes. Este ano serviu para perceber o quão complicado isto é”, começou por explicar a responsável à RUM. Para Catarina Pereira, o primeiro ano “foi de reconhecimento do projecto” e serviu para “perceber quais as expectativas dos visitantes”.

A Casa da Memória é um projecto da autarquia vimaranense, criado em 2012, ano da Capital Europeia da Cultura. Ainda assim, apenas abriu portas quatro anos depois, em 2016.  “Aquando da Capital, apercebi-me que iria abrir uma Casa da Memória, e fiquei, enquanto cidadã, muito interessada neste projecto”, recordou. Quando abriu portas, a Casa, em 2016, “já tinha o seu próprio lastro”, lembrou. “Havia uma ânsia para que o projecto fosse concluído. As pessoas não ficaram desiludidas com o resultado”, garantiu.

Quanto ao futuro, a Casa da Memória estará sempre em “constante mutação” e “interpretação”, diz a directora do espaço. “Vamos interpretando a dinâmica da comunidade local e dos vistantes. É um trabalho de constante atenção e de balanço diário para promover a participação activa das pessoas, porque a Casa da Memória nãovive de objectos, mas sim de pessoas. Vai dependendo sempre do estado de mutação do sítio onde estamos”.

A Casa da Memória vai estar de portas abertas até às 19h da tardecom várias actividades a decorrer.