Um ano para celebrar a vida e obra de André Soares

Exposições, conferências, concertos, teatro, intervenções de arte pública e visitas guiadas vão relembrar ao longo de um ano André Soares.
O programa das comemorações dos 250 anos da sua morte e os 300 anos do seu nascimento foi apresentado esta segunda-feira, 25 de Novembro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em Braga.
As comemorações arrancam esta noite com um concerto no Theatro Circo protagonziado por com. Cordas Ensemble, e prosseguem amanhã, no arquivo distrital, com a conferência “André Soares, um arquitecto de Braga, do Minho e de Portugal. 1720-1769”, com Eduardo Pires de Oliveira.
Mas tantos outros momentos há a destacar, num programa que Lídia Dias, vereadora da Cultura, considera “rico, eclético, pedagógico, inclusivo, agregador e que vai trabalhar esta questão da coesão social”. “Teremos, durante um ano, concertos, conferências, visitas guiadas, com uma intervenção alargada na André Soares que será, depois, motivo de visita, inaugurações de exposições, que vão percorrer muitos espaços da cidade, como Tibães ou Museu Nogueira da Silva e apresentações de livros na Capela de Santa Maria Madalena da Falperra”, acrescentou.
Lídia Dias lembrou ainda que “a salvaguarda da memória é a mais elevada forma de projectar o futuro da comunidade e de manifestar o agradecimento a todos os que se dedicaram de forma exemplar à sua terra”. “Recordar André Soares é, por isso, prestar um tributo à verdade e fazer jus ao espírito agradecido sempre manifestado pelos Bracarenses ao longo da sua história”, referiu.
O objectivo passa por “mobilizar a comunidade para esta celebração da memória e da identidade Bracarense, promover uma compreensão alargada sobre a vida e obra de André Soares, sensibilizar os educadores para a importância da valorização e divulgação da obra deste arquitecto, potenciar a investigação científica sobre André Soares e o Rococó em Portugal e deixar registada para a posteridade a relevância desta efeméride com um monumento evocativo no espaço público, além de outros elementos de carácter permanente como publicações”, adiantou Miguel Bandeira. O vereador disse ainda estar certo de que esta inicitiva constituirá “um marco inestimável para a cultura e património da cidade”.
A Universidade do Minho é uma das entidades que se junta às comemorações dos 250 anos da morte de André Soares. “A Universidade está numa cidade cuja configuração é devedora de André Soares. Eu habito, simbolicamente, um espaço ao qual a intervenção de André Soares não é alheia e que colocou em diálogo dois edifícios (Câmara Municipal e Largo do Paço) que definem esta praça magnífica, a Praça do Município”, apontou o reitor da academia minhota.
“A potenciação científica e o alargamento do conhecimento sobre o homem, o seu tempo e a sua obra e mobilizar a comunidade, as suas entidades e população para o cultivo da memória desta importante personagem” foram alguns dos motivos apontados por Rui Vieira de Castro para que também a UMinho celebre a vida e obra de André Soares.
