UM vai criar fardas mais resistentes para Defesa Nacional

A Universidade do Minho vai criar materiais mais resistentes para o Exército e a Força Aérea. O projecto chama-se AuxDefense e junta ainda cinco empresas (Fibrauto, IDT Consulting, Latino, LMA e Sciencentris) e duas universidades estrangeiras: a Universidade de Plymouth, no Reino Unido, e o Politécnico de Hong Kong, na China. O objectivo é preparar uma nova geração de fardas mais resistentes ao impacto, corte e perfuração. “No fundo, este projecto tem como objectivo o desenvolvimento de capacetes e coletes balísticos, para além de joelheiras e cotoveleiras para a delegação de militares em teatro de operações. A inovação deste tipo de materiais está na redução do peso para o mesmo nível de protecção”, explica Fernando Cunha.
O projecto é coordenado pela plataforma internacional Fibrenamics da TecMinho e estende-se até 2018. Tem um custo de 782 mil euros, 89% dos quais são financiados pelo Ministério da Defesa. Segundo Fernando Cunha, estes produtos são uma mais-valia para a defesa nacional: “Desde logo, estes produtos servirão como uma prova de que existe forte competência a nível nacional para o desenvolvimento deste tipo de materiais. Tem como objectivo dotar a nossa defesa nacional com equipamentos melhores a nível tecnológico, que permitem um melhor desempenho dos militares. Ao reduzirmos o peso do militar, vamos fazer com que se sinta menos cansado, o que cria melhores condições para a sua função”.
O conhecimento gerado será divulgado na futura Plataforma Internacional de Materiais Avançados para a Defesa e poderá ainda ser utilizado pelas entidades do consórcio noutros âmbitos em que a necessidade de absorção de energia e resistência ao impacto, ao corte e à perfuração assuma preponderância.
O projecto de concepção e fabrico nacional de fardas anti-impacto inovadoras é apresentado já amanhã, às 14h30, no Paço dos Duques, em Guimarães. Está também em vista a eventual aplicação comercial ou industrial dos produtos, podendo chegar ao mercado “civil”.
