UMinho duplicou número de investigadores desde 2017

Rui Vieira de Castro ouviu e respondeu aos investigadores que, esta sexta-feira, se juntaram no campus de Azurém para mais uma sessão do ciclo de conversas “Reitor conversa com…”.

A conversa centrou-se sobretudo na dificuldade de financiamento dos projectos. Rui Vieira de Castro fez saber que, comparativamente a 2017, o número de investigadores “quase duplicou”. Até ao momento, contam-se na UMinho “995 investigadores, 620 deles são bolseiros”, informou o reitor. Desde o início de 2018, foram aprovados 293 projectos de investigação, com um financiamento de 62,8 milhões de euros. Só este ano, já foram aprovados 36 projectos, correspondentes a uma verba de 18,8 milhões.

O representante máximo da academia não escondeu o peso e as dificuldades que estes números carregam no orçamento da universidade, ainda mais quando está em causa uma “contínua derrapagem das transferências da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT)”.

Além disso, a chegada de novos investigadores implica que os problemas se estendam aos espaços físicos que se tornaram “críticos na UMinho”.

Em causa estão também problemas ligados aos vínculos precários, que continuam por resolver. “Tivemos, recentemente, sinais de que alguma coisa se estava a mover, porque houve contacto do Ministério com a Universidade, mas estamos longe de ter esta situação resolvida”, disse à RUM o reitor.

Falamos de “120 pessoas, um número muito grande e perturbador, para elas e para a instituição”. “A aposta que fazemos na consolidação da investigação tem que ter correspondência no reforço de recursos humanos, dedicados exclsuivamente à investigação e isso significa equacionar uma carreira de investigação, que é uma coisa que estamos a fazer e vamos ter um crescimento importante de investigadores que vão ingressar na carreira, significa também rever um conjunto de mecanismos de natureza regulamentar que estruturem a carreira, designadamente regulamentos de avaliação”, explicou Rui Vieira de Castro.

Apesar das dificuldades, lembrou Rui Vieira de Castro, o orçamento da Universidade do Minho para o corrente ano regista, pela primeira vez, receitas associadas à investigação “idênticas às transferências do Orçamento de Estado, na ordem dos 58 milhões de euros”.

“ Temos sinais claros que as coisas se estão a encaminhar e que a Universidade vai sair reforçada na área da investigação”

Dada a voz aos investigadores, foram deixadas sugestões e identificadas dificuldades que o reitor considera “legítimas, relacionadas com a execução de projectos de investigação e com a própria posição das pessoas, da relação contratual com a Universidade”.

“Procuramos traçar um retrato que julgamos fiel e entusiasmante daquilo que é a actvidade científica da Universidade, hoje, que se traduz em mais de 600 projectos em desenvolvimento”, afirmou.

Rui Vieira de Castro lembrou ainda a “profunda transformação que a Universidade está a conhecer no seu corpo de investigadores que provoca interrogações”.

Os investigadores questionaram o futuro, o tipo de carreira a que podem aspirar, a segurança relativamente a uma carreira estável na instituição e tem preocupações com a execução efectiva dos projectos.

A realidade é complexa “do ponto de vista dos recursos humanos e das actividades na área financeira”. “ Temos sinais claros que as coisas se estão a encaminhar e que no final de tudo isto a Universidade vai sair reforçada e com uma presença muito mais forte na área da investigação, do que a que tinha até este momento”, frisou o reitor.

Áudio:

Rui Vieira de Castro, reitor da UMinho, a propósito do encontro com os investigadores

Liliana Oliveira
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