UMinho. Estudantes mostram “talento escondido na gaveta”

Os alunos de mestrado em Comunicação, Arte e Cultura da Universidade do Minho promoveram esta tarde a iniciativa “Paragem Cultural”. O projecto foi desenvolvido no quadro da disciplina de Arte, Média e Comunicação, ou seja, é um trabalho que será avaliado. 

Num programa itinerante, “Paragem Cultural” passou por reunir disciplinas artísticas como a música, a literatura, a dança e o cinema em vários espaços da Universidade. A ideia dos estudantes de mestrado passou por dar protagonismo aos alunos da academia. Ao contrário de outros eventos, onde há convidados conhecidos das respectivas áreas, a “Paragem Cultural” quis assinalar “o talento escondido na gaveta” do universo estudantil.

A docente de Arte, Média e Comunicação, Helena Pires, revelou que a proposta inicial para a unidade curricular era o de “de articulação em grupos de trabalho” mas a turma propôs uma contraproposta para realizar “tudo em conjunto”. Os alunos estabeleceram depois a metodologia do trabalho, que passou por realizar uma iniciativa “com impacto no campus de Gualtar”. “O objectivo foi estimular os estudantes de diferentes áreas a mostrarem o talento escondido na gaveta”.

A partir daí, a iniciativa quis “desafiar os alunos para a mobilidade”, daí decorrer no campus. Para a docente, “faz falta estimular a produção artística e cultural naqueles que fazem parte da academia” e considerou que “há ausência do sentido de comunidade na Universidade”. “É preciso abrir espaço [à arte] não só aos estudantes mas também aos funcionários e aos docentes”, explica.

“Dar voz aos alunos”

Ana Luísa e Rafaela Santana fizeram parte da construção do evento. Ambas referiram que “tudo surgiu para dar voz para os alunos”. As estudantes revelam que a ideia passa pela continuidade do evento, com periodicidade anual. 

Francisco Júnior personificou a ideia do evento. Júnior é escritor e apresentou, na Biblioteca, o seu segundo livro “Dos males da falsa hóstia ou a história em que uma hóstia me engoliu”. O escritor “parabenizou o evento” mas alertou que “há falta de momentos [como a Paragem Cultural] dentro da academia”.