UMinho. Investigação descobre forma de combater fungo mortal

Uma equipa internacional que inclui o Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Universidade do Minho (ICVS) fez uma descoberta que poderá ajudar na luta contra um fungo que mata 200 mil pessoas por ano e que provoca doenças pulmonares e alérgicas. O estudo explica a resposta do sistema imunitário ao fungo Aspergillus Fumigatus, microorganismo que causa infecções e que é uma das complicações para os doentes submetidos a tratamentos médicos complexos, como transplante de medula, sendo fatal em metade dos casos.
“Acredita-se que seja responsável por uma série de doenças pulmonares, incluindo a asma, que afectam milhões de pessoas em todo o mundo”, afirmam os cientistas Agostinho Carvalho e Cristina Cunha, ambos do ICVS da UMinho.
Em Portugal, o trabalho foi coordenado pelo ICVS, estando envolvidos os dois cientistas referidos. Além de várias equipas internacionais, fazem também parte do grupo de trabalho o Instituto Português de Oncologia do Porto e o Hospital Universitário de Santa Maria da Universidade de Lisboa. O objectivo proposto pela equipa nacional passava pela identificação de mutações de um gene que codifica o receptor para uma partícula muito específica na superfície deste fundo, denominada de “Melanina”.
O estudo já concluído foi publicado na revista Nature, apesar da “investigação ser mais complexa” do que a versão vinculada na publicação, revela Agostinho Carvalho. O ICVS está a “explorar outras vertentes da interacção entre o mecanismo e o fungo”, resultados que serão publicados em breve.
Áudio:
Agostinho Carvalho explica como é que o estudo foi desenvolvido.
