UMinho não altera valor das propinas
A Universidade do Minho (UM) irá manter inalterado o valor das propinas para o próximo ano lectivo. A medida foi aprovada na reunião do Conselho Geral, esta segunda-feira, mas contou com o voto contra dos quatro representantes dos estudantes.
Os alunos defendem que o valor actual, de 1037 euros e vinte cêntimos, para 1º ciclo e mestrado integrado é “demasiado elevado” e não vai de encontro ao caminho que defendem: a gratuitidade de todos os níveis de ensino”.
Em declarações à RUM no final da reunião desta segunda-feira, Bruno Alcaide, representante dos estudantes e presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), assinalou o valor “elevado”, as dificuldades financeiras das famílias, com especial enfoque nesta região, até porque, lembrou, “o número de bolseiros na Universidade do Minho é dos mais elevados das instituições de ensino superior no país”.
Os representantes dos estudantes da Universidade do Minho sublinham a necessidade de ingressar num caminho rumo à “gratuitidade de todos os níveis de ensino”, à semelhança do que começa a acontecer noutros países da Europa. “Temos defendido isso nos diferentes órgão e iniciado essa reflexão no movimento associativo nacional”, relembrou.
Os alunos da academia minhota reconhecem, ainda assim, a fragilidade da própria instituição, à semelhança das restantes universidades públicas do país, afectadas pelos cortes consecutivos dos últimos anos de austeridade.
Até 2019, final desta legislatura, o actual governo já alertou as instituições de Ensino Superior de que não será possível reforçar o financiamento.
Cortes que têm afectado a Universidade do Minho em diversos domínios. Bruno Alcaide referiu a necessidade de novas infra-estruturas e obras de intervenção nalguns dos edifícios dos campi, assim como a necessidade de renovação de quadros, tanto na classe docente como nos restantes funcionários.
