UMINHO quer apostar na pós-graduação em Criminologia

Apostar na criação da pós-graduação em Criminologia é um dos principais objectivos de Clara Calheiros, que foi esta quarta-feira reconduzida na presidência da Escola de Direito da Universidade do Minho. A docente foi re-eleita para liderar a escola nos proximos três anos.
Com o sentimento de “dever cumprido”, Clara Calheiros admitiu à RUM estar “satisfeita” com a criação da licenciatura em Criminologia – o curso mais procurado em todo o país – mas admite que agora pretende ir mais longe. “Gostaríamos de avançar, ao longo dos próximos três anos, para a pós-graduação neste domínio, alicerçada na investigação já feita, traduzindo-se num lançamento de um Mestrado e de um curso de Doutoramento nesta área”, avançou.
Quanto ao balanço dos últimos três anos, Clara Calheiros referiu que a criação da Biblioteca de Direito e da Licenciatura em Criminologia foram “apostas ganhas” no mandato anterior. “Quando começamos o mandato anterior, a criação da licenciatura era apenas um desejo que a escola tinha. Tornou-se não só numa realidade, mas também num verdadeiro caso de sucesso, tendo-se tornado o curso com mais procura de todo o espectro de Ensino Superior”, lembrou.
O domínio da investigação vai ser também uma grande aposta para os proximos três anos, diz Clara Calheiros. “Queremos os nossos investigadores a ter a sua investigação reconhecida, a nível nacional, como no processo de avaliação a Fundação para a Ciência e Tecnologia, que vai arrancar ainda este ano. Também a nível internacional procuramos reconhecimento, medido pelo número de projectos financiados que consigamos atingir”, assumiu.
A docente pretende ainda incrementar a relação da Escola de Direito com a sociedade em geral, numa aposta no domínio da “extensão universitária”. “Já temos protocolos e parcerias com as mais variadas entidades, mas
gostaríamos muito (e ainda existe espaço para isso) de desenvolver mais inciaitivas nesse dominio”, referiu.
Recorde-se que curso de Criminologia – que tem três anos de duração e decorre no campus de Gualtar, em Braga – teve 254 candidatos em primeira opção, mas foram quase 900 a elencá-lo nas seis escolhas possíveis no boletim de acesso ao superior. O curso conta actualmente com 25 alunos, sendo que 20 entraram pelo concurso normal e cinco por outros regimes de ingresso.
