UMinho recebe 1ª sede europeia de recursos microbianos

A academia minhota, em parceria com a Universidade de Valência, Espanha, vai acolher a sede pan-europeia da Infra-estrutura de Investigação de Recursos Microbianos (MIRRI), que visa facilitar o acesso e gestão legal desses mesmos recursos para o desenvolvimento de soluções sustentáveis no domínio das biotecnologias. De acordo com o professor Nelson Lima, responsável pela candidatura da UMinho, “esta é a primeira sede de uma infra-estrutura de investigação em Portugal”.
A ideia passa por “congregar toda a investigação de forma a que os microrganismos das colecções e repositórios estejam disponíveis e, deste modo, acelerar as investigações, uma vez que a informação microbiana está presente numa só plataforma”, o MIRRI.
A jornada teve início em 2012, ainda que numa fase preparatória, financiada a 100% pela Comissão Europeia no programa-quadro FP7, com um orçamento superior a três milhões de euros. O processo de formalização do MIRRI está agendado para Setembro, tendo em vista a sua constituição como entidade legal pela Comissão Europeia até ao final de 2019.
No que toca à divisão de responsabilidades, a Universidade do Minho acolhe a sede legal do projecto, onde podem surgir investigações que resultem em “novos fármacos, aplicações ambientais e clínicas”. Já em Valência, estará a componente informática, onde está localizada toda a informação sobre os microrganismos.
Por recursos microbianos entende-se microrganismos e produtos derivados que têm um elevado impacto no bem estar humano pela capacidade de produzirem produtos milenares de fermentação, como a cerveja e o queijo, mas também de fornecerem antibióticos como a penicilina ou novas soluções biotecnológicas para aplicação alimentar, farmacêutica ou química. Estes elementos são essenciais para o estudo de novas doenças infecciosas.
