UMinho sugere terapia que controla cancro do colo do útero

Fruto de um trabalho de dois anos com parceiros no Brasil, uma equipa de investigação da UMinho observou a existência da proteína HER2 nos pacientes com cancro no colo do útero, que também está presente no cancro da mama. Olga Martinho, cientista da Universidade do Minho é a líder da investigação que envolveu a Universidade Federal de Góias, a Universidade de São Paulo e o Hospital de Barretos.

A descoberta é, segundo aquela investigadora, “um passo importante” já que “através de testes in vitro e in vivo” foi possível entender que os medicamentos usados para inibir a proteína HER2 no cancro da mama também são “extremamente eficazes” na redução da agressividade do cancro do colo do útero. Por seu turno a combinação destes fármacos com bloqueadores do consumo de glucose permite que a doença se mantenha estável, prolongando o tempo de vida das mulheres afectadas.

Olga Martinho, cientista da Universidade do Minho (foto:UMinho)


A cientista da UMinho explica que a proteína HER2 “existe nas nossas células e tem uma função reguladora. No entanto, o que acontece nos tumores é que estas proteínas passam a oncoproteínas, exercendo mais que a sua função, ou seja, as células crescerem de forma descontrolada”. Agora, este pode ser o caminho para aumentar a taxa de sobrevivência destes doentes e diminuir os casos de remoção do útero. A próxima etapa passará por ensaios clínicos personalizados, ou seja, seleccionando as pacientes em que se observe este descontrolo da proteína HER2.

Áudio:

Olga Martinho, líder desta investigação, explicou como é que este procedimento, que já é utilizado para combater o cancro da mama, pode ser implementado na luta do cancro do colo do útero. 

Vanessa Batista
Vanessa Batista

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