UMinho tem 365 alunos em lista de espera para residências

As residências universitárias da UMinho estão com uma lista de espera de mais de 360 estudantes. O défice de alojamento universitário é um problema cada vez mais visível nas cidades de Braga e Guimarães, onde a UMinho está inserida.
Hoje mesmo, os Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM) assinam um protocolo com as Oficinas de S. José, que visa minimizar este problema no imediato. Vão ser disponibilizadas 22 camas a “alunos prioritários” na lista de espera existente, só para o campus de Azurém.
Carlos Videira, dos SASUM explicou que só na semana passada, os serviços tinham já em lista de espera para alojamento nas residências universitárias, 153 estudantes em Guimarães e 212 em Braga. Tratam-se de estudantes “que não tendo tido possibilidade para ficar alojados porque as residências já estavam lotadas, manifestaram intersse em ser contactados caso houvesse alguma desistência, alguma vaga adicional ou uma solução deste tipo”, referindo-se ao protocolo a ser assinado esta manhã com as Oficinas de S. José.
“Estamos a falar de um universo de quase 400 estudantes. São números muito significativos relativamente a anos anteriores”, sublinha.
Em Guimarães a necessidade é mais urgente. Carlos Videira recorda ainda o projecto ‘Guimarães Anfitriã’, implementado pelo município na tentativa de ajudar a UMinho a minimizar este problema. “Também esperamos que este projecto que está a ser desenvolvido e que consiste no registo de toda a oferta privada no concelho de Guimarães ajude a resolver a situação de outros estudantes que não foram integrados nesta lista que vai ocupar as camas disponíveis no hostel das Oficinas de S. José. Esperamos encontrar uma solução”, disse.
A Associação Académica da Universidade do Minho aplaude o protocolo que será assinado hoje e que representa mais 22 camas para os alunos em lista de espera na residência universitária de Azurém. Nuno Reis admite que se trata de “uma solução prática que vem colmatar um problema a curto prazo. Dá uma resposta positiva por parte dos SASUM, da reitoria e da própria câmara, na possibilidade de, pelo menos a curto prazo, encontrarem medidas mais efectivas”. Mas avisa: “sabemos que a longo prazo este processo é muito mais delicado e demora muito mais tempo”.
Áudio:
Carlos Videira, SASUM, e Nuno Reis, Presidente da AAUM
