UMinho. Traz um brinquedo, “OFERECE e faz uma criança feliz”

Aquele brinquedo que não utilizas, que já não tem qualquer significado para ti, pode fazer a diferença. Os Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM) e o Núcleo de Robótica da Universidade do Minho querem dar vida ao carrinho ou à boneca que estão “esquecidos no sótão”,como refere, Raquel Cunha, da SalusLive. Todos os brinquedos que forem angariados na campanha, “OFERECE e faz uma criança feliz!’’, serão entregues pela Saluslive a algumas associações do distrito, “para devolver a magia do Natal às crianças especiais”.
De 15 Novembro a 15 de Dezembro, os Complexos Desportivos Universitários de Gualtar e Azurém e a Sociedade Martins Sarmento são os locais de recolha disponíveis, que estarão de portas abertas devido ao contributo de alunos, funcionários docentes e não docentes. Este é o terceiro ano consecutivo de uma iniciativa que “pretende angariar brinquedos electrónicos para serem adaptados para crianças com paralisia cerebral, autismo e multideficiêcia. Os restantes brinquedos recolhidos (não electrónicos) serão entregues a instituições que trabalham com crianças carenciadas de Braga.
“O objectivo é ajudar as unidades que não têm grandes recursos nem verbas para oferecer estes brinquedos”. Vendidos ao público geral, os brinquedos adaptados atingem um valor superior a 200 euros e muitas das vezes “não correspondem da melhor forma” às limitações de cada um.
Brinquedos adaptados às necessidades das crianças
O Laboratório de Robótica do Departamento de Electrónica Industrial da Universidade do Minho vai fazer a adaptação dos brinquedos electrónicos, de forma a que possam ser usados pelas crianças. Entre alunos e docentes, serão mais de 12 os envolvidos nas “alterações de diferentes graus de dificuldade”, revela Fernando Ribeiro,responsável pelo grupo de Robótica, apontando para o sucesso das edições anteriores.
A adaptação é diferente em cada brinquedo, o que faz com que o tempo de reparação varie “entre poucos minutos e algumas horas”. Tudo será feito de forma voluntária, “por dedicação à causa”, onde, tendo em conta os anos passados, “os alunos trabalham com um sorriso na cara”.
Para a adaptação apenas é necessário que os brinquedos tenham luz, som ou movimento. Nos objectos será inserido um “switch”, interruptor que possibilita às crianças brincarem sozinhas, sem ser necessário o apoio de um adulto. “Estamos a falar de brinquedos que custam 15, 20 euros, mas que por serem adaptados atingem um valor de mercado a rondar os 300 euros”, reitera, Fernando Ribeiro. Os brinquedos serão entregues às crianças, de forma gratuita, uma vez que o Núcleo de Robótica da Universidade do Minho assume os gastos necessários com as adaptações.
*Por Paulo Costa
