USB defende salário mínimo de 650 euros em 2019

Assinalado desde 1886, o Dia do Trabalhador é comemorada em quase todos os países do mundo, homenageando e recordando a greve em Chicago, que reivindicava melhores condições de trabalho, principalmente a redução da jornada de trabalho diária, que chegava a 17 horas, para oito horas.

Este ano, a União de Sindicatos de Braga (USB) reivindica alguns direitos da classe em solo vimaranense. A partir das 15horas, no Largo do Toural, vão relembrar-se os 132 anos sobre os massacres de Chicago, que estiveram, então, na origem do 1.º de Maio.

Animação cultural, intervenções e um desfile pelas ruas da cidade berço estão na base de um programa que procura afirmar as “reivindicações dos trabalhadores, denunciar os atropelos aos seus direitos e identificar a actual situação política nacional e dos trabalhadores nas empresas”, adiantou à RUM, Joaquim Daniel, líder da USB.

No final, a USB vai apresentar uma resolução com os compromissos para o futuro, onde defende “o aumento do salário mínimo para os 650 euros em todas as empresas já este ano”, estando ainda em cima da mesa um novo acréscimo em 2020.

“A revogação das normas gravosas do código do trabalho, a começar pela questão da possibilidade, de forma unilateral, de as entidades patronais poderem deitar na praça um contracto colectivo de trabalho livremente, antes negociado entre os trabalhadores e os patrões e agora deitado para o lixo, chama-se caducidade do contracto colectivo de trabalho”, acrescentou.

Joaquim Daniel alerta ainda para uma nova proposta aprovada na Assembleia da República relativa ao “alargamento do período dos contractos de muita curta duração, de 15 para 35 dias, e do período experimental, de 3 para 6 meses”.

O sindicalista deixa ainda algumas criticas à actualidade politica nacional, garantindo que “não

é a cortar direitos e salários que a economia cresce”, mas sim “repondo direitos e aumentando salários, para que os trabalhadores comecem a ter melhores condições de utilizar esse dinheiro para os bens essenciais”. “Lideramos a queda de emprego, mas precisamos que a qualidade de emprego seja melhorada e isso tem que passar por legislação que não coloque os trabalhadores em situação de precariedade”, disse ainda Joaquim Daniel.

Sob o lema “Lutar pelos direitos! Valorizar os Trabalhadores!”, a USB vai estar esta quarta-feira em Guimarães a assinalar o Dia do Trabalhador, reivindicando os seus direitos nomeadamente ao nível dos salários e horários dignos e ao fim da precariedade.

Áudio:

Joaquim Daniel, líder da USB, adianta algumas das reivindicações dos trabalhadores

Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

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