Valor das obras do Pé Alado aumenta 100 mil euros

As obras de requalificação do Pé Alado, edifício que servirá para acolher a sede da União de Freguesias de São Lázaro e São João do Souto, custarão 250 mil euros, mais 100 mil euros do que o previsto, o que significa um aumento do valor da renda a ser paga pelo município. Ao longo dos próximos 10 anos, a Câmara Municipal de Braga pagará mais de 900 mil euros, o que significa um aumento de 222 mil euros face ao valor definido no contrato de promessa de arrendamento (cerca de 700 mil euros ao longo de 10 anos).
Os vereadores da oposição falam num “negócio ruinoso” para a autarquia. Artur Feio, do PS, disse que a “aquisição do edifício seria mais vantajosa” e pediu um estudo de viabilidade económica ao município para esclarecer todas as dúvidas neste processo. “Com números tão elevados e díspares em relação ao valor comercial do mercado corrente o melhor é que seja provado por números que essa é mesmo a melhor decisão”.
Se a autarquia decidir comprar o espaço, o valor total das obras será deduzido na renda a ser paga pelo munício. Contudo, com a actualização destes números, o valor da renda aumenta cerca de 30% em relação aos primeiros dados avançados. Carlos Almeida disse que não tem dúvidas de que esse é “um mau negócio”. O vereador da CDU acredita que “deveriam ter sido estudadas outras soluções para a sede da União de Freguesias de São Lázaro e São João de Souto”. “O espaço teria um melhor uso em conjunto com o edifício do S. Geraldo para os fins que se pretendem dar aquele local”, afirmou.
Obras estarão concluídas no final de Junho
As obras de requalificação deverão arrancar nos próximos dias e o edifício estará pronto a acolher a União de Freguesias de São Lázaro e São João do Souto a partir do mês de Julho.
Face às críticas da oposição, Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga (CMB), lembrou que “quando se assume um modelo de arrendamento sabemos à partida que esse valor será maior do que aquele que seria feito com o investimento inicial de aquisição do efício”, mas lembrou que a autarquia “não tem recursos financeiros” para avançar com esse negócio e que, actualmente, “existem outras prioridades” em termos de investimento.
Áudio:
Oposição e autarquia reagem a estes dados
