Variações regressa para “dar voz aos artistas locais”

O Festival Variações – Cultura Emergente está de regresso nos dias 12 e 13 de Julho. O evento, organizado pelo Bloco de Esquerda (BE) de Braga, traz música, teatro, fotografia e pintura a três espaços da cidade: Avenida Central, Toca e Barhaus. A coordenadora do Bloco Catarina Martins também vai marcar presença no festival, com um discurso agendado para o dia 13 (17h30, no Toca).

A apresentação do programa decorreu esta tarde na sede do BE de Braga e contou com a presença da deputada municipal Alexandra Vieira, que reafirmou o propósito do Variações, que passa por dar voz aos artistas locais. “O festival tem objectivos culturais, de dar voz a artistas e agentes da Cultura de Braga e seu distrito”.

Ainda antes de apresentar o programa, a bloquista deixou críticas ao município. Alexandra Vieira considerou que agenda cultural da autarquia de Braga, “uma das regiões mais jovens do país”, “não reflecte o dinamismo cultural que o resto do quadrilátero urbano revela”. “Tendo em conta aquilo que já aconteceu em Guimarães e Famalicão e aquilo que acontece agora em Barcelos, achamos que Braga fica-se pelas grandes festas, com artistas pagos a peso de ouro. Não dá palco nem gera alguma forma de apoio aos artistas de Braga”.

Para ir ao encontro do desígnio local, o Variações – Cultura Emergente convida, no 12 de julho (primeiro dia), a palco Mr Mojo (21h30) e Gator, The Alligator (22h30), que actuam no Toca, no BragaShopping. No segundo dia, na Avenida Central, sobem a palco a Escola de Jazz Combo (21h00), Palas (22h00) e Osso (23h00). Rui Portelinha, responsável pelo programa de concertos, descreve as bandas e os artistas como “essencialmente emergentes, que estão a dar os primeiros passos mas que já estão com um grande hype”.

A música clássica também estará presente, com os espectáculos do guitarrista Ricardo Cerqueira (dia 13, 16h00, no Toca) e com a performance de Marta Moreira e Marta Ferreira (dia 13, 17h00, no Toca). A performance das duas artistas, referiu hoje o guitarrista, “quebra as barreiras da música clássica, que muitas vezes é demasiado estrita”.

O teatro é outra das expressões artísticas apresentadas no festival. “Depósito de Cenas” é o projecto que vai marcar presença no Barhaus (dia 13, 18h30), com o espectáculo A Primeira Versão do Amor. O projecto foi criado no início do ano pela actriz Eugénia Brito, que manifestou a “vontade, há largos anos, de criar um espaço alternativo à cena teatral bracarense”. “Este ano ganhei coragem e abri inscrições. Neste momento está um grupo de cinco pessoas, que fará a sua primeira apresentação pública. Será uma espécie de exercício final de uma oficina que começou em Janeiro”, afirmou, revelando a intenção de “tornar o projecto mais formal no futuro”.

Ainda no dia 13, acontece uma exposição de fotografia de Rafa Lomba (14h00) e uma outra de pinturas criada por Marília Soares (15h00). Ambas estarão patentes no Toca.

Todos os eventos são de entrada livre.

Pedro Magalhães
Pedro Magalhães

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