Venda do Estádio. Não há consenso entre os bracarenses

Ricardo Rio anunciou ontem a realização de um referendo local para deixar nas mãos dos bracarenses a decisão de vender ou não o Estádio Municipal de Braga.

A RUM esteve nas ruas para saber a opinião dos cidadãos e a não há consenso quanto à venda do equipamento desportivo.

O cidadão Alberto Costa Gomes acredita que a possível venda “é uma coisa muito mal feita” visto considerar o estádio “património da cidade”. Já a cidadã Catarina Marques é da opinião que “tendo em conta a despesa [que o estádio] está a dar, a câmara não tem que sustentar essa mesma despesa, uma vez que é o Sporting de Braga que usufrui do espaço”, completando que “se o clube tivesse capacidade financeira para comprar seria uma opção mas como o clube não quer, a câmara tem de ver qual a melhor opção”.

O bracarense Rui Rocha, que admite não ser braguista, lamenta que os “munícipes paguem a despesa [associada ao estádio]” e lembra que todos os clubes “têm o seu estádio e o SC de Braga não”. “Ouvi que o Braga paga 550 euros de renda, ora isso é irrisório”. A bracarense Rosa Silva tem opinião diferente e não quer que o estádio Municipal seja vendido: “Acho mal, o estádio deve ser da cidade”.

José Franqueira, outro dos entrevistados da RUM, não tem esperança que haja interessados na compra do estádio: “Acho que não há ninguém para comprar, se fosse fácil era vender e recuperar o Estádio 1º de Maio”. Finalmente, o bracarense Júlio Veloso é a favor da venda. O cidadão é da opinião de que o município “se desvincule dos negócios [relacionados com futebol] porque no fundo são os bracarenses que pagam e o desporto tem de ser uma coisa à parte”. “Há dinheiro, há dinheiro, não há dinheiro, não há voos”, completa.

Ricardo Rio anunciou ontem a vontade de realizar um referendo local, após as eleições legislativas de Outubro, para decidir o futuro do Estádio Municipal de Braga, propriedade da autarquia que tem custado largos milhões de euros aos cofres municipais. A possível venda do equipamento desportivo, considerado pelo autarca “uma obra de arte”, poderia, em última instância, deixar o Sporting Clube de Braga, a principal instituição desportiva do concelho e a única que usufruiu, actualmente, do estádio, sem local para jogar depois de 2030. 

*Com Liliana Oliveira

Áudio:

A venda do estádio Municipal está longe de gerar consenso entre os bracarenses: uns consideram que o estádio gera uma despesa grande, outros julgam que o equipamento desportivo é património da cidade que deve ser preservado

Pedro Magalhães
Pedro Magalhães

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