Vereadoras minhotas defendem maior proximidade entre escolas e autarquias

As vereadoras das câmaras municipais de Braga e de Guimarães destacam o papel do padre António Sousa Fernandes na descentralização de competências na área da educação. O antigo professor da Universidade do Minho, falecido este ano, está a ser homenageado esta segunda-feira na conferência “A Educação e os Municípios”, que se realiza no Instituto de Educação.
Sousa Fernandes foi pioneiro nos estudos sobre a descentralização da educação, a autonomia das escolas e a renovação da investigação em administração educacional em Portugal. Destacando o “legado” do antigo professor, a vereadora da Educação da Câmara Municipal de Braga destaca a “importância de haver uma maior descentralização para uma melhor formação”.
“Para a administração local estar mais próxima dos problemas, a questão da proximidade é muito importante”, explica. Lídia Dias enfatiza que a Câmara Municipal de Braga, com “um conjunto de delegação de competências” transitadas do Estado, que em 2021 vai ser ainda maior, tem “construído uma comunidade cada vez mais bem formada, mais capacitada e mais crítica”.
Já a vereadora da Educação da autarquia de Guimarães assume que o município inscreve-se em alguns dos pensamentos de António Sousa Fernandes, nomeadamente na “ideia das conexões, das redes e do pensamento que os alunos são o fim último”. Frisando que não é “um pensamento único e político”, Adelina Paula Pinto destaca que os projectos elaborados funcionam “em rede com as escolas, num pensamento cruzado com as várias entidades”.
A vereadora vimaranense dá o exemplo de uma iniciativa desenvolvida na Escola Básica Virgínia Moura, situada em Moreira de Cónegos, que está afastada do contexto urbano, em “articulação clara” com a Casa da Memória, e o Laboratório da Paisagem, geridas pela Câmara Municipal. “Uma das entidades está a trabalhar na área da história local, agora com as Festas Nicolinas, que é algo absolutamente urbano, e outra na biodiversidade e em projectos de sustentabildiade ambiental”, explica.
A ideia de haver uma “estreita colaboração” entre a autarquia e as escolas é também partilhada por Lídia Dias, que destaca alguns projectos desenvolvidos ligados à educação rodoviária, à alimentação, à musicoterapia e ao orçamento participativo.
