UMinho com bolsa de 800 mil euros para estudar doença rara

Uma equipa de cinco investigadores da Escola de Medicina da Universidade do Minho e do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde (ICVS) foi escolhida por uma empresa de biotecnologia norte-americana, a Neurolix, para testar um novo medicamento. O fármaco pretende reduzir os sintomas e atrasar a progressão da doença. A Machado-Joseph é uma patologia rara, degenerativa e hereditária. A equipa recebeu, do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, uma bolsa de 800 mil euros para os próximos três anos.

Patrícia Maciel, líder da equipa portuguesa, declara que o ICVS é “especialista” nesta patologia o que levou ao convite da empresa norte-americana. Recorde-se que a equipa da UMinho tinha, anteriormente, identificado um “sistema de neurotransmissores do cérebro, nomeadamente, a serotonima, como um alvo interessante terapêutico. Ora, esta nova molécula que a empresa desenvolveu é “precisamente dirigida aos receptores de serotonima”.

Neste momento a equipa prepara-se para iniciar os testes em modelos animais. A ideia passa por testar a eficácia do fármaco, o NLX-112. A Machado-Joseph é uma doença que tem uma prevalência elevada em algumas zonas de Portugal como os Açores e a região de Lisboa e Vale do Tejo


A patologia começa a manifestar-se por volta dos 37 anos e afecta a coordenação motora, os movimentos dos olhos, provoca dificuldades na fala e a engolir. “Como estamos a falar de uma doença neurodegenerativa existe uma degradação dos doentes que passam a ter de ficar numa cadeira de rodas ou acamadas. Levando a uma morte precoce. No entanto, não perdem as capacidades cognitivas”, explica. 

Vanessa Batista
Vanessa Batista

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