Zona técnica do Hosp. de Braga evacuada (durante simulacro)

Mais de 100 pessoas foram hoje evacuadas da zona técnica do Hospital de Braga esta manhã. Em causa um simulacro, desta vez num cenário com derramamento de combustível num dos dois reservatórios de combustível, com 10 mil litros cada, que alimentam os geradores no caso de corte de energia da rede.

A zona técnica do Hospital de Braga tem uma área considerável no piso -1 da unidade de saúde que atravessa todo o hospital. Aí funcionam os serviços de farmácia, logística, cozinha, manutenção, arquivo, rouparia e limpeza. Por aqui circulam ao longo do dia aproximadamente 150 pessoas, e no período de tempo em que o simulacro decorreu estavam cerca de cem a circular nesta parte do edifício. A unidade de saúde é também certificada a nível ambiental, sendo este um dos pontos de referência para a elaboração deste cenário, segundo a responsável de Gestão de Risco, Sílvia Oliveira.

Anualmente, o Hospital de Braga testa pelo menos um cenário. Desta vez um derramento de combustível, na zona técnica do Hospital de Braga onde existem dois reservatórios de combustível com 10 mil litros cada um que “alimentam cada um três geradores que iniciam actividade caso haja um corte de energia da rede”. A probabilidade de fuga é “muito reduzida”, uma vez que esses reservatórios vertem para um outro, de 500 litros que alimenta os geradores e que tem uma tina de contenção e detectores de fuga. Daí que para o simulacro foi testada “uma ruptura na tubagem”. O cenário permitiu, de acordo com Sílvia Oliveira, “testar a resposta da equipa de manutenção e da equipa de segurança”. 

Um trabalho avaliada como “excelente” pela responsável tendo em conta que todos os trabalhos que estavam a decorrer pararam, foi delimitada a área de segurança, as pessoas foram evacuadas, a actuação foi rápida e foram accionadas a betoneira de fogo e a sirene. O auditório acabou também por ser evacuado, uma vez que também aí soou a sirene. 

A operação, desde a detecção por parte do técnico até ao regresso à normalidade prolongou-se por 34 minutos.

Entretanto, a mesma equipa discutiu a resolução para recolher o combustível em segurança, assim como o material de contenção que deve ser eliminado. Tratou-se por isso da componente ambiental do exercício que a unidade também precisa de testar.

(Depósitos de combustível do Hospital de Braga)

Sapadores de Braga acorrem a situação “muito fácil”

Ao local foram chamados os Bombeiros Sapadores de Braga. Luís Pedrosa, bombeiro de 1ª classe e chefe de operações explicou que o trabalho dos seis bombeiros envolvidos foi “utilizar uma espuma química para impedir qualquer possibilidade de ignição”. Uma situação resolvida “sem qualquer dificuldade”.

Ainda assim, Luís Pedrosa reconheceu que este teste é importante para renovação de conhecimentos desta zona técnica do Hospital de Braga por parte dos bombeiros.

Protecção Civil confirma equipas preparadas para responder à altura

A observar toda a operação esteve um técnico superior do Comando distrital de operações de socorro de Braga da Autoridade Nacional de Protecção Civil. Rui João confirmou que o Hospital de Braga tem equipas preparadas para responder à altura. “As medidas de auto-protecção do edifício estão devidamente implementadas, as equipas estão formadas, articuladas e detectaram uma situação de emergência, fizeram o primeiro alerta interno, o alerta para o exterior. Funcionou tudo muito bem e estão devidamente articulados”, explicou.